Biden prepara anúncio sobre “meio de financiamento” alternativo a Kiev

O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse hoje estar a preparar um anúncio sobre a ajuda à Ucrânia, apontando um “meio de financiamento” alternativo, após os Republicanos no Congresso terem colocado em causa a continuidade desse apoio a Kiev.

“Anunciarei muito em breve um grande discurso que farei sobre esta questão e sobre o motivo de ser extremamente importante para os Estados Unidos e para os nossos aliados que mantenhamos o nosso compromisso” com a Ucrânia, disse Biden a jornalistas.

Funcionários da Casa Branca recusaram-se a divulgar a data em que Biden planeia fazer esse discurso. O Presidente não entrou em detalhes sobre as alternativas que tem em mente para obter ajuda militar adicional à Ucrânia na sua guerra em curso com a Rússia.

“Existe outro meio pelo qual poderemos encontrar financiamento, mas não vou entrar em detalhes agora”, disse o chefe de Estado.

A ajuda à Ucrânia tem sido uma fonte de tensão e incerteza, uma vez que vários Republicanos na Câmara dos Representantes têm sérias dúvidas sobre a continuidade desse apoio ou opõem-se abertamente ao financiamento adicional para sustentar a resistência ucraniana à invasão russa, iniciada em fevereiro do ano passado.

O Presidente disse que a resistência o “preocupa”, mas observou que existe um amplo apoio bipartidário.

O acordo alcançado na semana passada para manter o Governo em funcionamento até meados de novembro excluiu os 13 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros) em ajuda suplementar para Kiev que a administração Biden procurava, levantando questões sobre quanto tempo os Estados Unidos poderão continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia.

O acordo para manter temporariamente o executivo norte-americano em funcionamento teve um preço político elevado para o ex-presidente da Câmara, o Republicano Kevin McCarthy.

Por instigação do congressista Republicano Matt Gaetz, e outros conservadores, McCarthy tornou-se na terça-feira o primeiro presidente da Câmara baixa do Congresso a ser destituído do seu cargo.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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Lusa/Fim

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