“Homem de chifres” do assalto ao Capitólio quer ser eleito para Congresso de EUA

 Um dos mais emblemáticos atacantes do Congresso dos Estados Unidos a 06 de janeiro de 2021, Jacob Chansley, celebrizado pelos seus chifres de bisonte, tatuagens e pinturas faciais, pretende agora candidatar-se às próximas eleições, segundo documentos oficiais.

O ativista de extrema-direita de 35 anos, que se celebrizou em todo o mundo pela sua indumentária no dia que abalou a democracia norte-americana, quer disputar um lugar na Câmara dos Representantes (câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos) pelo Estado do Arizona, em nome do Partido Libertário, de acordo com um documento estatal datado de quinta-feira.

Armado com uma lança e de tronco nu, este “xamã” autoproclamado e adepto das teorias da conspiração da esfera ‘QAnon’ participou na invasão do Capitólio, a 06 de janeiro de 2021, com uma horda de apoiantes do então Presidente cessante Donald Trump, derrotado nas eleições presidenciais pelo candidato do Partido Democrata, Joe Biden, para impedir que o Congresso validasse a vitória deste último no escrutínio.

Entrou no hemiciclo do Senado, sentou-se na cadeira reservada ao vice-Presidente, cargo então ocupado por Mike Pence, e deixou uma nota: “É apenas uma questão de tempo, a justiça está a chegar!”.

O homem, originário de Phoenix, no Arizona, foi detido alguns dias após o ataque que fez cinco mortos e declarou-se culpado em tribunal, em setembro de 2021, de obstrução a um processo oficial. Foi condenado e cumpriu uma pena de prisão até março deste ano.

No total, 1.100 pessoas foram indiciadas por crimes de diversos níveis de gravidade pela sua participação no ataque ao edifício do Capitólio, segundo dados do Departamento da Justiça.

O ex-Presidente Donald Trump (2017-2021), atualmente aspirante à nomeação como candidato presidencial pelo Partido Republicano, nunca reconheceu a sua derrota no escrutínio de 2020, denunciando sem provas fraudes eleitorais em grande escala, desmentidas pelo seu próprio Governo.

Indiciado pelo crime de pressões eleitorais nas presidenciais de 2020, Trump declarou-se inocente.

ANC // PDF

Lusa/Fim

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