Biden nomeia asiático-americana para secretária do Departamento de Trabalho

O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai nomear Julie Su, a atual vice-secretária do Departamento de Trabalho, como próxima líder deste Departamento, passando a ser a primeira alta funcionária asiático-americana no atual Governo.

Su – que é advogada de direitos civis e foi a diretora do Departamento de Trabalho do estado da Califórnia – foi fundamental nas negociações entre empresas ferroviárias e os sindicatos, para evitar uma greve economicamente debilitante no final do ano passado.

Se a sua nomeação for confirmada pelo Senado, Su passará a ser a primeira asiático-americana como alta funcionária no Governo de Biden.

Num comunicado hoje divulgado, Biden referiu-se a Su como uma “defensora dos trabalhadores”.

“Julie é uma líder testada e experiente, que continuará a construir uma economia mais forte, resiliente e inclusiva que ofereça aos americanos uma recompensa justa pelo seu trabalho e igualdade de oportunidades para progredir”, escreveu Biden.

Su chegou a ser falada para liderar o Departamento de Trabalho quando Biden chegou à Casa Branca, mas acabou por se tornar vice-secretária, no Departamento dirigido por Marty Walsh.

No início deste mês, Walsh anunciou a intenção de deixar o Governo, para liderar a liga nacional de Hóquei.

Biden estava sob pressão do Congresso Asiático-Pacífico-Americano e de outros defensores dos asiáticos-americanos e das ilhas do Pacífico para selecionar Su para chefiar o departamento.

O atual Governo foi o primeiro em mais de duas décadas a não ter um secretário de Departamento descendente desta associação, apesar de Biden se declarar um defensor da diversidade.

A nomeação de Su também ocorre num momento-chave para os sindicatos, que há décadas enfrentam um declínio no número de associados.

Os sindicatos ganharam algum impulso à medida que os trabalhadores de grandes empresas, como Amazon e Starbucks, faziam pressão para se sindicalizar.

Contudo, Biden – um Presidente conhecido pelas sua posições pró-sindicalistas – teve de trabalhar com o Congresso para impor um contrato aos ferroviários no ano passado, evitando uma potencial greve.

RJP // PDF

Lusa/Fim

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