Biden acredita que acordo para libertar reféns está para breve

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje acreditar que estará para breve um acordo para libertar os reféns detidos pelo grupo islamita Hamas em Gaza.

“Tenho conversado com as pessoas envolvidas, todos os dias. Acredito que isso vai acontecer. Mas não quero dar mais pormenores”, disse o líder norte-americano à margem de uma cerimónia na Casa Branca.

Hoje, a Casa Branca já tinha informado que Biden tinha “discutido longamente” com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, os esforços para um acordo que conduza à libertação dos reféns.

Fontes israelitas tinham dado sinais no mesmo sentido, indicando que o Hamas estará disponível para a libertação de reféns em troca de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A imprensa internacional tem também noticiado que o Hamas poderá igualmente aceitar a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos nas cadeias de Israel.

Quando, na passada semana, Biden foi questionado sobre que mensagem queria enviar para as famílias dos reféns norte-americanos em Gaza, o Presidente deixou palavras de alento.

“Aguentem firme. Estamos a tratar disso”, disse Biden.

Já hoje, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e o enviado para os assuntos dos reféns, Roger Carsten, conversaram com familiares de alguns dos reféns de nacionalidade norte-americana, para os colocar a par dos desenvolvimentos sobre este tema.

As brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, divulgaram nas últimas horas um comunicado informando que as negociações – que estão a ser conduzidas pelo Qatar, pela agência norte-americana CIA e pela agência de informações israelita Mossad – se concentravam na possível libertação de cerca de 70 mulheres e crianças.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas – desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 45.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 13.000 mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

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Lusa/Fim

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