Reserva Federal dos EUA aumenta taxas de juro pela 10.ª vez focada em conter inflação
A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulgou hoje uma nova subida das taxas de juro, de 25 pontos básicos, mantendo a determinação em conter a inflação, apesar dos sinais da desaceleração da economia e da recente crise bancária.
O aumento, o décimo no último ano, está em linha com o previsto pelos analistas e surge num contexto de elevada instabilidade bancária, noticiou a agência Efe.
Em comunicado, a Fed não fez qualquer referência sobre se esta poderá ser a última subida antes de uma pausa devido à instabilidade do sistema bancário.
A principal taxa da Fed encontra-se agora no intervalo de 5 a 5,25%, a mais elevada desde 2006, decisão tomada por unanimidade, anunciou a instituição em comunicado divulgado após a reunião do seu comité de política monetária (FOMC).
O presidente do Fed, Jerome Powell, dará uma conferência de imprensa às 14:30 (19:30 de Lisboa), noticiou a agência France-Presse (AFP).
No comunicado, as autoridades da Fed especificam apenas que irão observar os efeitos das sucessivas decisões, e o atraso com que afetam a economia real, mas também a “evolução económica e financeira”, para decidir sobre a necessidade ou não de mais medidas.
Esta posição marca uma mudança de tom em relação às reuniões anteriores, quando se antecipou a necessidade de continuar a aumentar as taxas.
A crise bancária deu um apoio inesperado à luta da Fed contra a inflação: “o aperto das condições de crédito às famílias e às empresas deverá pesar na atividade económica, nas contratações e na inflação”, sublinhou também a Reserva Federal dos EUA, frisando que “o sistema bancário é sólido e resiliente”.
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