787 fogos rurais entre 28 de julho e terça-feira, menos 500 ignições do que em 2017

Entre 28 de julho e terça-feira registaram-se 787 incêndios rurais em Portugal, menos 500 ignições do que em igual período do ano passado, apesar das temperaturas elevadas, revelou esta quarta-feira o comandante operacional nacional da Proteção Civil.

Duarte da Costa fez esta quarta-feira um balanço, juntamente com outras entidades, dos dias de calor extremo que assolaram Portugal, uma sessão que decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Lisboa, e que contou com a participação do primeiro-ministro, António Costa.

De acordo com o comandante operacional nacional da Proteção Civil houve “787 incêndios rurais” desde 28 de julho até terça-feira.

“O senhor primeiro-ministro tinha perguntado o que é sucedeu neste mesmo período o ano passado. A ANPC já arranjou esses dados e apraz-me dizer que apesar de estarmos a viver a zona de maior intensidade climatológica relativamente a temperaturas tivemos menos 500 ignições do que tivemos no ano passado”, adiantou.

Na opinião de Duarte da Costa, se, com mais calor há menos 500 ignições, “quer dizer que há um esforço preventivo que foi feito e que é de realçar”.

“Destes 700 incêndios que tivemos, nota-se que o dia 03, 04 e 05 foram os dias de maior índice de incêndio. Dentro destes incêndios todos, 26 deles ao longo destes dias podem ser considerados grandes incêndios”, enumerou ainda.

Por isso, o comandante operacional nacional da Proteção Civil deixou uma “palavra de confiança” no sistema que é liderado pela ANPC.

“O sistema respondeu a todos estes incêndios e relativamente ao de Monchique estamos a fazer tudo o que é possível para o conter, debelar e extinguir”, concretizou.

Duarte da Costa recordou que as autoridades foram confrontadas com “cerca de 10 dias de antecedência com o problema sobre os incêndios rurais”, tendo atuado num plano nas áreas da prevenção próxima, da capacidade operacional da Proteção Civil e num conjunto de meios de reconhecimento e vigilância.

De acordo com o responsável, com o aumento dos estados de alerta, foi preciso “constantemente reforçar o dispositivo em termos preventivos”.

“Este balanceamento constante e continuo obrigou a um conjunto de decisões difíceis”, admitiu.

Duarte da Costa destacou ainda que “no auge da situação, quando passaram a maioria dos distritos para alerta vermelho, foram emitidos cerca de sete milhões de SMS” à população.

A ideia dos SMS, segundo o comandante, poderá ser implementada na vizinha Espanha, uma vez que o seu congénere mostrou interesse pelo sucesso da iniciativa.

JF // ZO

Lusa/fim

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