Só 4,1% dos europeus já foram totalmente vacinados contra a covid-19

Cerca de 18,2 milhões de cidadãos da União Europeia (UE) foram já totalmente imunizados contra a covid-19, o correspondente a 4,1% da população adulta comunitária, num total de perto de 62 milhões de doses de vacinas administradas.

Os dados foram hoje revelados pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que no arranque de um Conselho Europeu realizado de forma virtual apresentou “aos líderes europeus o ponto da situação sobre a entrega e administração de vacinas na União, as expectativas em relação às entregas no segundo trimestre” e ainda dados sobre “as exportações de vacinas da UE para o resto do mundo”, divulgou a própria.

De acordo com essa mesma informação, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE receberam já a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando assim a que só 4,1% da população europeia esteja completamente imunizada.

A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada.

Datados de final desta semana, os dados hoje divulgados revelam também que foram já administradas 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da AstraZeneca (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da AstraZeneca (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

A AstraZeneca tem estado envolta em polémica devido à incapacidade de distribuição para a UE e também à exportação de vacinas de fábricas na UE para países terceiros, nomeadamente para o Reino Unido, o que levou Bruxelas a criar em janeiro passado um sistema de controlo de tais operações.

Ao todo, até hoje, foram já exportadas 77 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 da UE fora países terceiros.

Este montante inclui a entrega de 31 milhões para 54 países de rendimento baixo e médio constantes da lista do mecanismo COVAX (Acesso Global às Vacinas da Covid-19).

E inclui, ainda, o que foi anunciado pela instituição na quarta-feira, de um total de 43 milhões de doses enviadas 33 países terceiros e sujeitas ao mecanismo de autorização prévio da UE, tendo sido o Reino Unido o principal destino.

Na mensagem publicada através da rede social Twitter, Ursula von der Leyen disse ainda acreditar que a UE irá conseguir, “em conjunto, garantir que os europeus obtenham a sua quota-parte justa de vacinas”.

Os líderes comunitários iniciaram hoje ao início da tarde um Conselho Europeu ‘virtual’, sendo o primeiro grande debate consagrado aos problemas na campanha de vacinação contra a covid-19 na União Europeia.

As atenções vão estar focadas na proposta apresentada quarta-feira pela Comissão Europeia no sentido de um reforço do mecanismo de transparência e de autorização para exportações de vacinas contra a covid-19, num esforço para assegurar o acesso atempado às vacinas, nomeadamente a da AstraZeneca, envolta em polémicas de distribuição.

A principal mensagem a sair do Conselho será o reafirmar do empenho dos 27 em acelerar a produção, distribuição e administração de vacinas na UE, mais do que propriamente ameaças de ‘barrar’ a exportações de vacinas para fora do espaço comunitário.

O primeiro-ministro português, António Costa, participa no encontro também enquanto presidente em exercício do Conselho da UE no corrente semestre.

ANE (ACC) // MDR

Lusa/fim

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