Biden homenageia tropas no ‘Memorial Day’ enquanto Trump ataca juízes
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden prestou hoje homenagem às tropas norte-americanas, por ocasião do ‘Memorial Day’, celebração que o antigo chefe de Estado Donald Trump aproveitou para criticar os juízes responsáveis pelos seus processos judiciais.
“Vocês permaneceram unidos por um compromisso comum, não com um lugar, não com uma pessoa, não com um presidente, mas com uma ideia (…) a ideia dos Estados Unidos da América”, elogiou Biden no cemitério nacional de Arlington, no Estado da Virgínia, onde esteve acompanhado pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin.
No discurso anual, acompanhado do tradicional gesto de depositar uma coroa de flores para os soldados norte-americanos mortos em batalha, o democrata Joe Biden sublinhou que as tropas servem sob juramento “não a um partido político, nem a um presidente, mas à Constituição dos Estados Unidos da América”.
“Somos a única nação do mundo fundada na ideia de que todos fomos criados iguais e merecemos ser tratados igualmente ao longo das nossas vidas”, destacou ainda nesta comemoração, onde evoca sempre a memória do seu filho Beau, que serviu em Iraque para a Guarda Aérea Nacional de Delaware e morreu de cancro no cérebro em 2015.
Por sua vez, o ex-presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, divulgou diversas mensagens através da sua rede social, a Truth Social, em que aproveitou o feriado nacional para atacar “a escória humana” que quer destruir os EUA.
“Feliz Memorial Day para todos, incluindo a escória humana que está a trabalhar tanto para destruir o nosso outrora grande país”, frisou Trump.
A mensagem de Trump foi acompanhada de críticas contra vários juízes que são responsáveis pelos processos judiciais de que é alvo.
O juiz do Estado de Nova Iorque, Arthur Engoron, foi visado, com Trump a acusar o magistrado de o multar sem razão e por utilizar um “estatuto que nunca tinha sido usado antes”.
Engoron condenou Trump em fevereiro, num caso de fraude civil por inflacionar o seu património líquido para obter empréstimos favoráveis, um crime pelo qual já tinha sido condenado em setembro.
Por outro lado, o ex-presidente enfrenta 34 crimes graves de falsificação de documentos para comprar o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels e assim proteger a sua campanha eleitoral de 2016.
Este processo chega ao final esta semana, com as alegações finais das partes que terão início na terça-feira, depois de seis semanas durante as quais vinte e duas testemunhas prestaram depoimentos. Na sua publicação por ocasião do ‘Memorial Day’, Trump também citou o nome do juiz encarregado por este processo, Juan Merchan.
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