Abbas pede intervenção dos EUA para travar “agressão israelita”

O Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, pediu hoje a intervenção dos Estados Unidos para que ajam “de forma mais ativa” para “pôr fim à agressão israelita” na Faixa de Gaza, indicou a agência noticiosa palestiniana Wafa.

O pedido de Abbas foi feito ao subsecretário adjunto para os Assuntos Palestinianos e Israelitas do Departamento de Estado norte-americano, Hady Amr, que se encontra desde 13 deste mês na região como enviado especial do Presidente norte-americano, Joe Biden, com o objetivo de travar o conflito entre Israel e o movimento islâmico xiita Hamas, que governa na Faixa de Gaza.

Na reunião, segundo a Wafa, Abbas “exigiu um maior apoio” da Administração norte-americana para “pôr cobro à escalada israelita” e para “retomar os esforços” para que se possa chegar a uma solução política “de acordo com a legitimidade internacional”.

No entanto, os Estados Unidos não têm relações diretas com o Hamas, que controla de facto Gaza desde 2007, pois considera-o um “grupo terrorista”.

Por outro lado, desconhecem-se também pormenores sobre o que foi discutido domingo, em Jerusalém, numa reunião de Hady Amr com o ministro da Defesa israelita, Benny Gantz.

Desde o início dos confrontos, a 10 deste mês, o papel de Abbas e da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) mal afetou a população palestiniana, que continua a convocar protestos na Cisjordânia, Jerusalém e nas comunidades árabes em Israel. 

Abbas tem apenas um controlo limitado da Cisjordânia, geograficamente separada de Gaza. 

A nova escalada no conflito israelo-palestiniano provocou, na Faixa de Gaza, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.

Do lado israelita foram contabilizadas 10 mortes, entre elas a de dois menores, numa altura em que continuam os ataques de ambas as partes sem que vislumbre um sinal de tréguas.

JSD // EL

Lusa/Fim

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