Centenas juntam-se em Minneapolis para homenagear Daunte Wright

Centenas de pessoas juntaram-se hoje numa igreja em Minneapolis, nos Estados Unidos, para homenagear o jovem afro-americano Daunte Wright, que morreu há 11 dias alvejado pela polícia numa operação de trânsito.

O funeral começou com uma interpretação de “Amazing Grace” e da música “Lift Ev’ry Voice and Sing”, considerada um hino dos afro-americanos, pelo trompetista Keyon Harrold.

O artista Ange Hillz também pintou um retrato de Wright com tinta branca numa tela preta na cerimónia de hoje.

Hillz tinha feito retratos semelhantes de outros afro-americanos mortos por polícias, nomeadamente de George Floyd e Breonna Taylor.

O funeral de Wright ocorre dias depois de um tribunal considerar o ex-polícia Dereck Chauvin culpado da morte de Floyd em maio de 2020.

“Esta semana vimos o Deus da Justiça, mas falta-nos muito por lutar”, disse hoje o reverendo DeVes Toon, numa alusão ao veredito de Derek Chauvin.

No seu discurso no funeral, Toon lamentou que Wright, de 20 anos, tenha morrido tão jovem e pediu a Deus que também faça justiça no seu caso.

Além dos familiares e amigos de Wright, participaram na cerimónia de hoje a família de Floyd e várias personalidades políticas, como a senadora Amy Klobuchar e a congressista Ilhan Omar, ambas representantes do estado de Minnesota.

Daunte Wright foi morto por uma polícia no estado de Minnesota, durante uma operação de trânsito.

A polícia que disparou sobre Daunte Wright, Kim Potter, que estava no Departamento de Polícia de Brooklin Centre há 26 anos, foi detida será acusada de homicídio em segundo grau pela morte de Wright, de acordo com o procurador do condado de Washington, Pete Orput.

O chefe da polícia de Brooklin Centre defendeu a versão de que a agente que disparou sobre Daunte Wright confundiu a sua arma de serviço com um ‘taser’ (arma que provoca um eletrochoque).

Potter e o chefe de polícia de Brooklyn Center, Tim Gannon, demitiram-se de funções na sequência deste caso, que ocorreu nos subúrbios de Minneapolis, muito perto do local onde George Floyd foi morto no ano passado, provocando uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos.

FPA (PC/RJP) // EL

Lusa/Fim

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