Biden anuncia retirada total de tropas do Afeganistão até 11 de setembro

O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou hoje que retirará todos os soldados norte-americanos do Afeganistão até 11 de setembro.

Os Estados Unidos tinham-se comprometido com os talibãs a retirar a totalidade das tropas do Afeganistão antes de 01 de maio, mas hoje Biden explicou que a promessa apenas será cumprida até 11 de setembro, prometendo mais esclarecimentos sobre o novo cronograma numa comunicação na Casa Branca, na quarta-feira.

A data do 20.º aniversário do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 será o marco para o cumprimento da promessa de retirada total das forças militares norte-americanas no Afeganistão.

“Iniciaremos uma retirada ordenada das forças restantes antes de 01 de maio e planeamos que todas as tropas dos EUA saiam do país antes do 20.º aniversário de 11 de setembro”, disse Biden em declarações aos jornalistas, garantindo que essa partida seria “coordenada” e simultânea com o das outras forças da NATO.

“Dissemos aos talibãs, sem qualquer ambiguidade, que responderemos energicamente a qualquer ataque a soldados americanos, enquanto procedemos à retirada ordenada e segura”, acrescentou o Presidente norte-americano.

Os Estados Unidos intervieram no Afeganistão após os atos terroristas em Nova Iorque e em Washington, retirando os talibãs do poder em Cabul, acusando-os de terem acolhido o grupo ‘jihadista’ Al-Qaeda, responsável pelos ataques, bem como ao seu líder, Osama bin Laden.

Para encerrar a guerra mais longa da história norte-americana, o Governo do ex-Presidente Donald Trump chegou a um acordo com os talibãs, em fevereiro de 2019, que prevê a retirada de todas as forças norte-americanas e estrangeiras do Afeganistão antes de 01 de maio, com a condição de os rebeldes, no futuro, impedirem qualquer grupo terrorista de operar nos territórios afegãos.

O Pentágono recentemente expressou dúvidas sobre a capacidade dos talibãs para honrarem esse compromisso e os talibãs têm tido dificuldade em chegar a acordo com as forças governamentais de Cabul, em negociações que se iniciaram em setembro, mas se encontram paralisadas.

RJP // FPA

Lusa/Fim

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