Número de doentes infetados continua a regredir em Itália

O número de doentes com covid-19 baixou hoje em Itália pelo segundo dia consecutivo, com 107.709 pessoas atualmente contagiadas, menos 528 que na segunda-feira, indica o último balanço oficial.

As autoridades registaram 534 óbitos nas últimas 24 horas, somando um total de 24.648 óbitos desde o início da pandemia.

Do total de contágios registados desde o início da pandemia 51.600 estão curados, mais 2.723 do que na segunda-feira, um numero recorde de recuperados, segundo os dados oficiais.

Os casos totais de contagiados pelo novo coronavírus desde que se detetou o primeiro caso em Itália, a 21 de fevereiro, somam 183.957, o que traduz um aumento de 2.729 desde segunda-feira, um pouco superior ao dia anterior, mas dentro da tendência atual de redução da propagação.

Continuam também a descer os hospitalizados (772 menos em 24 horas) e os que estão em cuidados intensivos (102 menos).

“O vírus está ainda entre nós, um pouco menos forte, mas está lá”, tinha alertado previamente o alto-comissário do Governo para a gestão da crise do novo coronavírus, Domenico Arcuri, enquanto o primeiro-ministro, Guiseppe Conte, anunciava que vai revelar “antes do final da semana” o seu plano de saída progressiva do confinamento, em vigor desde 09 de março e que termina em 03 de maio.

“Gostava de poder dizer ‘reabrimos tudo’. De imediato. Reabrimos a partir de amanhã”, escreveu hoje Conte numa longa mensagem na sua conta na rede social Facebook.

“Mas isso faria subir a curva de contágio de forma descontrolada e tornaria vãos todos os esforços que fizemos até ao momento”, acrescentou.

Domenico Arcuri insistiu na mesma mensagem: “Não devem ser tomadas decisões prematuras, devemos estar ainda mais conscientes [dos riscos] e responsáveis”.

“A partir de 04 de maio poderemos aliviar certas medidas, avaliar o que se passa, e promover mais um pequeno passo semana após semana mas sempre a vigiar o que se passa”, considerou por sua vez Silvio Brusaferro, presidente do Instituto superior de Saúde (ISS, um organismo governamental de referência em matéria de saúde pública).

“Devemos excluir todas as atividades que impliquem ajuntamentos, isto é, a presença em simultâneo de centenas ou milhares de pessoas em espaços reduzidos ou fechados, e até que tenhamos uma vacina”, advertiu.

“Não aos horários de ponta em todas as fases da vida diária. Devemos dizer adeus às ruas e transportes públicos cheios de gente”, prosseguiu.

Silvio Brusaferro também assinalou que “as pessoas que estão imunizadas são absolutamente minoritárias. A grande maioria dos italianos, cerca de 90%, não teve contacto com o vírus. Este número significa que estamos muito longe da imunidade coletiva”.

A Lombardia (norte), com 67.931 casos e 12.579 mortos, a Emília-Romanha (centro-norte, 23.092 casos e 3.147 mortos) e o Piemonte (noroeste, 21.955 casos e 2.485 mortos) permanecem as três regiões mais afetadas da península itálica.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (42.364) e mais casos de infeção confirmados (quase 788 mil).

Seguem-se Itália (24.648 mortos, em quase 184.000 mil casos de contágio contabilizados desde o início da pandemia), Espanha (21.282 mortos, mais de 204 mil casos), França (20.265 mortos, mais de 155 mil casos) e Reino Unido (17.337 mortos, mais de 129 mil casos).

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