WikiLeaks: Assange recorre da extradição para os EUA decidida por Justiça britânica
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, apresentou junto do Supremo Tribunal de Londres um recurso no seu processo de extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de crimes de espionagem, foi hoje divulgado.
O ativista, que completará 51 anos no próximo domingo, permanece na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, enquanto é decidido o seu recurso contra a sua extradição para o território norte-americano.
Em 18 de junho, o Governo britânico anunciou que tinha sido assinado o decreto de extradição para os EUA do fundador do WikiLeaks.
Várias semanas antes, em 20 de abril, um juiz de um tribunal britânico havia emitido uma ordem de entrega à Justiça dos EUA para consideração do Governo do Reino Unido.
Nos EUA, Assange arrisca uma sentença de 175 anos de prisão, por ter publicado em 2010, no ‘site’ da WikiLeaks na Internet, 250 mil mensagens diplomáticas e cerca de meio milhão de documentos confidenciais sobre as atividades militares norte-americanas no Iraque e no Afeganistão.
Assange está detido há três anos na prisão de alta segurança de Belmarsh, depois de ter passado sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se tinha refugiado em 2012, quando estava em liberdade sob caução.
Na altura, receava ser extraditado para os EUA ou a Suécia, onde era alvo de uma investigação por violação, entretanto encerrada.
Em abril de 2019, a polícia britânica deteve-o.
Enquanto o futuro do australiano é decidido, a sua esposa, Stella, e apoiantes realizaram hoje um protesto em frente à sede do Home Office – Ministério do Interior britânico – no centro de Londres, intensificando os apelos para a sua libertação.
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