Wall Street fecha em alta com ameaça de guerra comercial EUA-China a afastar-se

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores a relegarem para segundo plano os receios de guerra comercial entre EUA e China, privilegiando a aproximação da época de resultados.

Assim, todos os principais fecharam em terreno positivo, com o índice Dow Jones Industrial Average a apresentar uma progressão de 0,9%, para os 24.505,22 pontos.

Da mesma forma, o Nasdaq ganhou 0,49%, para as 7.076,55 unidades, e o S&P500 apreciou-se 0,69%, para os 2.662,84 pontos.

A apreensão com as tensões comerciais entre EUA e China, com consequências potencialmente negativas para os dois parceiros, depois do anúncio de mais barreiras alfandegárias num conjunto de produtos, dissipou-se hoje um pouco.

“Na medida em que não há calendário para as concretizar e os dirigentes dos dois países sublinharam a sua intenção de realizar negociações, há lugar para um amaciamento das medidas anunciadas”, observou Karl Healing, da LBBW.

“Tudo isto parece resultar de uma técnica de negociação da parte de (Donald) Trump, e todas as ameaças de sanções comerciais não devem pesar, no fim de contas, tanto quanto isso”, estimou, por seu lado, Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

Outra notícia positiva na frente das relações comerciais veio do Canadá, onde o primeiro-ministro, Justin Trudeau, avançou hoje que havia “uma grande possibilidade” de o Canadá, os EUA e o México podem entender-se nos próximos dias sobre as grandes linhas de Acordo de Comércio Livre da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) renegociado.

Neste contexto, “os investidores recordaram-se que a época dos resultados do primeiro trimestre vai começar em breve”, destacou Ogg.

“Como a maioria das empresas que divulgam resultados com algum atraso apresentaram desempenhos sólidos, esta tendência deve continuar e devemos ter comentários otimistas da maior parte dos administradores”, previu esta operadora, considerando que “isto permite ao mercado inverter a tendência”.

Os índices também foram ajudados pela progressão do setor da energia, que beneficiou da subida do preço do petróleo, que levou a Chevrona apreciar 2,45%, a ExxonMobil 1,54% e a ConocoPhillips 1,51%.

RN // ARA

Lusa/Fim

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