Veículo da NASA chega ao pólo sul da Lua em 2023 para procurar água e outros recursos

O Lua para Investigação Volátil (VIPER) vai pousar no pólo sul da Lua em 2023 para procurar água e outros recursos, anunciou na segunda-feira a agência federal norte-americana NASA.

A NASA disse que o local da missão, parte do programa Artemis, será perto da borda ocidental da cratera Nobile, onde irá explorar a superfície e subsuperfície da área.

A equipa da NASA avaliou trajetórias viáveis para o rover, tendo em conta locais onde o VIPER poderia utilizar os seus painéis solares para carregar e conservar o calor durante a sua viagem de 100 dias.

“Estamos à procura de respostas a algumas perguntas bastante complexas, e estudar estes recursos na Lua que resistiram ao teste do tempo ajudar-nos-á a responder”, disse Anthony Colaprete, cientista líder do projeto VIPER.

VIPER, que será lançado a bordo de um foguete Falcon Heavy da empresa privada SpaceX, estudará uma superfície lunar de aproximadamente 93 quilómetros quadrados.

Durante a missão recolherá amostras de pelo menos três locais em áreas cuidadosamente selecionadas que proporcionarão uma maior compreensão de uma vasta gama de diferentes tipos de ambientes lunares, disse a NASA.

A equipa VIPER procurará analisar as características do gelo e outros recursos utilizando sensores e o berbequim do rover a bordo.

A análise de amostras de uma variedade de profundidades e temperaturas ajudará os cientistas a prever melhor onde mais poderá haver gelo na Lua com base em terreno semelhante, permitindo à NASA mapear recursos.

A ideia é compreender melhor a distribuição de recursos na Lua e documentar as futuras missões tripuladas à superfície lunar.

A NASA explicou que o pólo sul lunar é uma das regiões mais frias do Sistema Solar.

“Nenhuma missão anterior à superfície da Lua explorou esta região”, acrescentou.

Dados de missões anteriores ajudaram os cientistas a concluir que o gelo e outros recursos potenciais existem em áreas da lua próximas dos pólos.

Os dados que VIPER envia irão fornecer aos cientistas de todo o mundo “uma maior compreensão da origem cósmica, evolução e história da nossa lua”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da NASA para a ciência.

MIM // MIM

Lusa/Fim

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