Ucrânia: Kiev reivindica morte de mais de 11.000 soldados russos
A Ucrânia indicou hoje que mais de 11.000 soldados russos foram mortos desde o início da invasão do país pela Rússia, em 24 de fevereiro.
Num boletim hoje publicado pelo Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia na rede social Facebook, as forças ucranianas reclamam ainda ter destruído um total de 290 tanques, 46 aviões e 68 helicópteros russos.
O balanço, cujos dados não podem ser verificados de forma independente, não refere quaisquer baixas de militares ou veículos ucranianos, mas indica que 999 veículos de combate blindados russos foram neutralizados, segundo a agência noticiosa Efe.
As Forças Armadas ucranianas disseram que o cálculo dos danos nas fileiras inimigas “é complicado dada a alta intensidade das hostilidades”.
Apesar de o relatório não contar as perdas do Exército ucraniano, os serviços estatais de emergência da Ucrânia relatam mais de 2.000 mortos entre civis – um balanço que também não foi validado por fontes independentes.
Por sua vez, o gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos confirmou, no domingo, 1.123 vítimas civis, entre feridos e mortos, no conflito na Ucrânia, admitindo que o número real é “consideravelmente mais alto, em particular no território controlado pelo Governo”.
Ainda que não tenham anunciado os prisioneiros de guerra feitos, a Ucrânia capturou vários soldados russos.
Na sexta-feira, as forças ucranianas voltaram a apresentar à comunicação social vários soldados russos capturados, tendo estes chegado ao local vendados com fita adesiva, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP).
Após a iniciativa, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) emitiu um comunicado em que afirmava que cada parte do conflito deve tratar os prisioneiros de guerra e civis capturados com dignidade.
“Os prisioneiros de guerra e os civis detidos devem ser tratados com dignidade e estar completamente protegidos contra maus-tratos e exposição à curiosidade pública, o que inclui a divulgação pública de sua imagem em redes sociais”, lê-se no comunicado divulgado na sexta-feira.
Contactados pela AFP sobre estes métodos, o Ministério da Defesa da Ucrânia e os serviços de segurança ucranianos não responderam.
Num vídeo, Oleksiy Arestovich, alto conselheiro da Presidência ucraniana, limitou-se a apelar para um “tratamento humano dos prisioneiros”, recordando a vigilância pelos parceiros ocidentais sobre este tema.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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