Ucrânia: Estados Unidos vão fornecer a Kiev mísseis terra-ar mais sofisticados

Os Estados Unidos admitem fornecer à Ucrânia um sofisticado sistema de mísseis terra-ar de “médio e longo alcance”, indicou hoje a Casa Branca.

“Estamos a ultimar um programa [de ajuda militar] que inclui capacidades de defesa aérea sofisticadas (…) de médio e longo alcance”, revelou hoje aos ‘media’ Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca (Presidência norte-americana).

Uma fonte próxima do dossier tinha indicado previamente que os Estados Unidos preparavam “a compra para a Ucrânia de um sistema NASAMS (National Advanced Surface-to-Air Missile System)”.

O sistema de mísseis terra-ar NASAMS é fabricado pela empresa norte-americana Raytheon e o grupo norueguês Kongsberg.

Jake Sullivan precisou ainda que Washington deverá também anunciar a entrega às forças ucranianas de outros equipamentos, incluindo munições para artilharia e radares.

Os Estados Unidos alteraram nas últimas semanas as suas entregas de armamento à Ucrânia após verificarem que o conflito se concentra atualmente no leste do país, com características mais estáticas e no qual a artilharia desempenha uma função predominante.

Washington começou designadamente a entregar aos ucranianos sistemas de lança-foguetes móveis Himars (High Mobility Artillery Rocket System), com um alcance de 80 quilómetros.

A Ucrânia pede aos seus aliados que lhe garantam “paridade de fogo” com as forças russas, após serem forçados a retirar as suas tropas de Severodonetsk, uma cidade estratégica da região do Donbass (leste), e que estava a ser fortemente atingida há semanas pela artilharia russa.

Jake Sullivan confirmou que a entrega de novos mísseis terra-ar respondiam a um “pedido específico” do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que hoje se dirigiu por videoconferência aos dirigentes das sete maiores economias mundiais (G7), reunidos até terça-feira no sul da Alemanha.

A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa de 24 de fevereiro, entrou hoje no 124.º dia.

Desconhece-se o número de vítimas, mas a ONU confirmou a morte de mais de 4.600 civis, alertando, contudo, que o balanço real será consideravelmente superior por não ter acesso a muitas zonas do país.

PCR // SCA

Lusa/Fim

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