Ucrânia: Chefes militares dos EUA e Bielorrússia reúnem para evitar incidentes

O chefe de Estado-Maior norte-americano, Mark Milley, conversou hoje telefonicamente com o seu homólogo bielorrusso, Victor Goulevitch, para procurar evitar “incidentes infelizes” nas manobras militares bielorrussas conjuntas com a Rússia junto à Ucrânia.

A conversa telefónica, a primeira entre os dois militares, teve como objetivo reduzir os riscos de um incidente “e trocar perspetivas sobre a atual segurança europeia”, esclareceu o porta-voz do Estado-Maior norte-americano, Dave Butler, num breve comunicado.

Os exércitos russo e bielorrusso lançaram hoje manobras militares conjuntas na Bielorrússia, junto às fronteiras da Ucrânia, centro de uma escalada de tensão entre Moscovo e o Ocidente, enquanto decorrem esforços diplomáticos para controlar a crise.

Na véspera dos exercícios, os militares russos divulgaram um vídeo que revela uma bateria de sistemas antiaéreos S-400 com os mísseis direcionados para o céu, na região bielorrussa de Brest, na fronteira com a Ucrânia.

Os exércitos russo e bielorrusso não especificaram o número de soldados e equipamentos que participam nos exercícios, mas os serviços de informações ocidentais afirmam que 30.000 soldados russos foram destacados para a Bielorrússia no âmbito das manobras.

Ao mesmo tempo, a frota do Mar Negro da Marinha russa iniciou exercícios navais táticos nestas águas, nos quais também vão participar navios das frotas dos Mares do Norte e do Báltico, em plena escalada de tensão na crise ucraniana.

Kiev já condenou estes exercícios militares, considerando-os uma forma de “pressão psicológica” por parte de Moscovo, que tem mais de 100.000 soldados destacados junto à fronteira da Ucrânia.

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Lusa/Fim

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