Sá Pinto diz que “não estão criadas condições” para regressar agora ao Sporting

O treinador Ricardo Sá Pinto afirmou esta quuinta-feira que “não estão criadas condições” para regressar ao comando da equipa de futebol do Sporting e revelou que vai continuar a treinar no estrangeiro, após abandonado os belgas do Standard Liège.

“Estou triste com o que se está a passar no clube. Não existe a estabilidade nem estão criadas as condições que eu acho fundamentais e necessárias para voltar nesta altura ao Sporting. Muito provavelmente, irei voltar ao Sporting no futuro, mas nesta altura, não”, afirmou aos jornalistas.

O antigo jogador e técnico dos ‘leões’ falava à margem de uma visita a uma escola em Lisboa, após ter regressado da Bélgica, onde orientou o Standard Liège na última época. O antigo internacional português admitiu que tem uma “ligação eterna” ao Sporting, mas confessou que deverá continuar a trabalhar fora de Portugal.

“O futuro, em princípio, não passará por Portugal. A minha ligação ao Sporting é eterna, mas, para mim, treinar o Sporting, não é só um trabalho, é muito mais do que isso. É uma grande responsabilidade emocional. O meu sucesso ou insucesso no Sporting terá sempre um impacto muito grande na minha vida profissional e pessoal”, referiu.

Por outro lado, Sá Pinto, que enquanto jogador disputou 227 jogos pelos ‘verde e brancos’, frisou que apenas “com união e estabilidade” será possível que o clube de Alvalade ultrapasse o período conturbado que tem vivido.

“Tenho amigos no Sporting que estão divididos, que estão dos dois lados. Não é um clube unido nesta altura e eu apelo a essa união. Só todos juntos conseguirão fazer um Sporting forte, como já foi anteriormente. Tem de haver união em torno do Sporting”, salientou.

Ricardo Sá Pinto abordou ainda a presença de Portugal no Mundial2018, considerando que a seleção nacional deve apresentar-se “sem pressão” e pensando “jogo a jogo”.

“O discurso e a forma de estar têm de ser os mesmos do último Europeu. A seleção deve pensar jogo a jogo, passar a fase de grupos e tentar ir o mais longe possível. A equipa tem de continuar unida. Só as grandes equipas podem fazer grandes campeonatos e temos de manter essa linha do Europeu”, analisou o antigo futebolista, que somou 45 internacionalizações pela seleção principal e esteve presente nos Europeus de 1996 e 2000.

MYO // NFO

Lusa/Fim

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