Quatro concelhos em risco máximo de incêndio e calor começa a subir

Os concelhos algarvios de Alcoutim, Tavira e Castro Marim e o município de Marvão, em Portalegre, estão esta quarta-feira em risco máximo de incêndio, numa altura em que está prevista uma subida acentuada da temperatura.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), além destes quatro concelhos em risco máximo, outros 55 municípios dos distritos de Faro, Beja, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Braga, Vila Real e Bragança estarão em risco muito elevado, o segundo mais grave.

Em risco elevado de incêndio estão ainda cerca de 90 municípios em Bragança, Vila Real, Braga, Aveiro, Porto, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Face à onda de calor prevista para os próximos dias, que pode ter “máximos históricos”, a Proteção Civil estendeu o estado de alerta especial relativo aos meios de combate a incêndio aos distritos do Porto, Leiria, Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Coimbra.

O estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, que define a “prontidão e mobilização das estruturas, forças e unidades de proteção e socorro em conformidade com os riscos associados”, já vigorava nos distritos do interior do país, que passaram, a partir das 00:00 de terça-feira para alerta laranja, o terceiro mais grave.

A Proteção Civil justifica os procedimentos com o agravamento do risco de incêndios florestais devido à previsão do aumento da temperatura e da redução da humidade no ar.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas vão estar acima dos valores médios e isto pode ter impacto em termos de saúde pública e de propagação de incêndios.

A onda de calor que vai atingir o país nos próximos dias, com quinta-feira a ser o dia mais quente, fará com que se possam registar nalguns locais “máximos históricos” de temperatura.

Para hoje, o IPMA prevê temperaturas máximas a chegarem já aos 41 graus Celsius em Évora e aos 40 graus em Castelo Branco e Beja, enquanto as mínimas ainda baixam até aos 13 graus em Viana do Castelo.

A situação de muito calor deve prolongar-se por pelo menos quatro dias, sendo que as noites serão “tropicais”, já que as temperaturas mínimas não vão baixar muito e deverão rondar os 30º.

São ainda esperadas poeiras no ar, vindas do norte de África, em particular no sul do país, uma situação que, segundo a Direção-Geral da Saúde, deve levar a população a tomar medidas de proteção, como manter-se em ambientes frescos, procurar manter frescas as habitações e beber muita água, evitando o álcool.

Na condução, as autoridades alertam para o facto de os veículos expostos ao sol aquecerem muito e pedem também especial atenção às pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com doenças crónicas, grávidas e pessoas em locais isolados.

A Marinha e o Exército vão reforçar, com mais 19 patrulhas e 76 militares, o apoio à Proteção Civil entre quarta-feira e domingo devido à onda de calor, podendo as ações serem prolongadas caso a meteorologia o justifique.

Este ano, o dispositivo de combate a fogos florestais engloba 56 meios aéreos (incluindo um na Madeira), cerca de 11 mil operacionais e mais de três mil meios terrestres (nomeadamente viaturas), enumerou Patrícia Gaspar.

Os dois aviões que estiveram nos incêndios da Suécia chegam na quinta-feira a Portugal, adiantou.

SO (FP) // SB

Lusa/fim

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