Polícia do Capitólio dos EUA pede mais dois meses de ajuda da Guarda Nacional
A polícia do Capitólio pediu hoje que a Guarda Nacional continue a prestar segurança no edifício do Congresso dos EUA por mais dois meses.
O pedido realça as preocupações sobre a segurança e o potencial de violência no Capitólio, dois meses depois de manifestantes terem invadido o edifício num ataque que provocou cinco mortes.
Hoje, as forças de segurança estão em alerta máximo em torno do Capitólio, depois de os serviços de inteligência terem alertado para a ameaça de uma milícia invadir a sede do Congresso, no dia em que membros do movimento de conspiração de extrema-direita QAnon acreditam que Donald Trump será investido como Presidente dos EUA, para um segundo mandato.
A congressista Elissa Slotkin, disse que soube que o pedido de prorrogação de 60 dias foi feito nas últimas 36 horas e que a Guarda Nacional está a procurar voluntários de todo o país para atender a esta necessidade.
O Pentágono também já confirmou que o pedido está a ser analisado e que a Guarda Nacional está a verificar a existência de elementos disponíveis para esta tarefa.
Os mais de 5.000 membros da Guarda Nacional atualmente em Washington, D.C., deveriam voltar para casa em 12 de março, encerrando a sua missão na capital dos EUA.
Slotkin disse que alguns membros do Congresso estão preocupados com a possibilidade de não existir um plano que garanta segurança a quem trabalha o edifício.
“Queremos entender qual é o plano. (…) Nenhum de nós gosta de olhar para a cerca, os portões, a presença uniformizada em torno do Capitólio. Não podemos depender da Guarda Nacional para a nossa segurança”, disse a legisladora, referindo-se ao arame farpado que foi colocado em volta do edifício do Congresso.
Oficiais da polícia do Capitólio também disseram aos líderes do Congresso que a cerca de arame farpado deve permanecer no local por mais vários meses.
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