Nova Iorque regista recorde de mortes mas situação está a estabilizar
O estado de Nova Iorque, epicentro da pandemia da covid-19 nos Estados Unidos, registou 799 mortes nas últimas 24 horas, um novo recorde diário, mas as autoridades dizem que a situação está a estabilizar.
“Estamos a achatar a curva. Tivemos um aumento de hospitalizações de apenas 200”, disse hoje o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, referindo que este é o número mais baixo desde o início da pandemia naquele estado, onde já morreram mais de 7.000 pessoas.
Os últimos três dias foram marcados por recordes nos números de mortes, com 779 na quarta-feira, mas as autoridades dizem que talvez se esteja a chegar a um ponto de viragem na propagação do vírus.
O número de novos internados e de novos doentes em cuidados intensivos foi hoje o mais baixo desde o início da crise no estado, o que deve achatar a curva de mortos nas próximas semanas.
A escassez de camas hospitalares prevista por vários modelos matemáticos foi evitada, admitiu hoje Andrew Cuomo, que, contudo, deixa um alerta para a possibilidade de o estado ser atingido por uma segunda vaga da pandemia.
“Não saímos da floresta”, disse o governador, dizendo que as medidas de contenção que foram aplicadas há 18 dias vão manter-se.
O estado mudará de alerta vermelho para laranja, antes de ir para a situação verde, explicou Cuomo, acrescentando que a partir de agora as autoridades irão testar milhões de trabalhadores para decidir quem estará imune ao novo coronavírus.
No estado de Nova Iorque há 151.000 casos confirmados de covid-19 (cerca de 35% dos casos nos Estados Unidos), incluindo 81.000 apenas na cidade de Nova Iorque, tendo morrido mais de 7.000 pessoas.
Nos Estados Unidos há 432.000 casos confirmados e morreram cerca de 15.000 pessoas, desde o início da crise sanitária.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.