Meio milhão de cidadãos europeus repatriados desde final de janeiro

Mais de 500 mil cidadãos da União Europeia (UE) no estrangeiro foram repatriados desde final de janeiro devido à covid-19, a maioria dos quais da Ásia e Américas, faltando ainda cerca de 100 mil, anunciou hoje Bruxelas.

De acordo com o balanço hoje divulgado pelo executivo comunitário, e que tem em conta ações realizadas entre final de janeiro passado e meados de abril, “a UE conseguiu trazer para casa mais de meio milhão dos seus cidadãos que foram afetados por restrições às viagens em todo o mundo”, sendo que “a maioria [estava] na região da Ásia-Pacífico e nas Américas” do Sul e do Norte.

Porém, ainda existem “cerca de 98.900 cidadãos da UE retidos no estrangeiro”, refere a Comissão Europeia na mesma informação, garantindo estarem “em curso esforços para os trazer para casa nos próximos dias”.

Por detrás destas ações, estão “intensos esforços em termos de cooperação consular, de voos de repatriamento financiados e coordenados pela UE”, que permitiram o regresso de, maioritariamente, “viajantes de curta duração”, precisa Bruxelas.

No que toca aos voos de repatriamento, um total de quase 200 voos realizados por vários Estados-membros trouxeram de volta à UE perto de 41 mil cidadãos europeus, tendo sido coorganizados e cofinanciados (até um máximo de 75%) pelo Centro de Coordenação de Resposta a Emergências, o serviço de proteção civil europeu.

Nestes números incluem-se 289 cidadãos portugueses que foram repatriados, com a ajuda de Bruxelas, de países como China, Sri Lanka, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Vietname, Senegal, Peru, Haiti, Bolívia, Nepal, Seicheles, Tailândia, Jibuti, Cuba, Jordânia, Maurícias, Nova Zelândia, Nicarágua, Camarões, Namíbia, Camboja, Guatemala, México, Myanmar, Paquistão, Austrália e Guiné-Conacri.

A quase totalidade destes portugueses regressaram em voos de repatriamento organizados por outros Estados-membros, sendo que Portugal recorreu apenas ao cofinanciamento e coorganização de Bruxelas para uma ação em Lima, capital do Peru, no final de março, segundo a tabela explicativa hoje divulgada pelo executivo comunitário.

Para terem este apoio da UE, os países que realizam as ações de repatriamento têm de trazer cidadãos de outros Estados-membros.

Além desta, Portugal já realizou várias outras ações de repatriamento.

Segundo uma publicação feita na rede social Twitter na semana passada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, de um total de 5.120 pedidos de apoio feitos ao Governo português, já foram resolvidos “4.085 casos”, estando em curso esforços para resolver os restantes.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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