Jovem portuguesa com duas novas curtas-metragens produzidas nos EUA

A portuguesa Sara Eustáquio, que se estreou no cinema em 2016 aos 16 anos e que está a estudar Cinema e Vídeo nos Estados Unidos da América, anunciou hoje a produção de duas novas mini curtas-metragens naquele país.

A viver em Los Angeles, a estudante da licenciatura em Cinema e Vídeo no California Institute of the Arts (CalArts), agora com 18 anos, concluiu as mini-curtas-metragens “Sozinho”, já este mês, e “Creation”, em dezembro passado.

Considerados exercícios técnicos experimentais, ambas foram realizadas no âmbito da sua licenciatura no CalArts e já lhe valeram alguns prémios em festivais internacionais, na maioria de curtas-metragens, de escolas de cinema e de jovens cineastas em início de carreira.

“‘Creation’ é uma carta de despedida e usa um excerto do texto bíblico de Génesis como metáfora, para abordar o desafio da transição para a vida adulta e o que é preciso deixar para trás”, explicou Sara Eustáquio à agência Lusa.

Esta ‘curta’ entrou no circuito de festivais e já foi distinguida com quatro prémios – Melhor Filme de Jovem Realizadora, Melhor Filme Experimental, Melhor Microfilme e Melhor Filme de Estudante de Cinema -, no Global Film Festival, no LA Film Awards e no Lake View International Film Festival, nos Estados Unidos.

Sobre “Sozinho”, a cineasta adiantou que fala “sobre como agarrar em fotografias e tentar contar uma pequena história a partir delas, resultando numa experiência cinematográfica sobre a solidão e a sensação de incompreensão”.

“Creation” e “Sozinho” juntam-se às duas curtas-metagens “4242” e “Mirror”, a primeira das quais produzida por Sara Eustáquio, natural de Torres Vedras, antes da sua partida para os Estados Unidos da América.

“Mirror” foi realizado em agosto de 2016, durante o curso intensivo de Verão em realização cinematográfica que fez na New York Film Academy, em Nova Iorque, e recebeu, entre muitos outros, prémios no Mediterranean Film Festival, em Itália, e no Barcelona Planet Fil Film Awards, que a reconheceu como melhor realizadora.

“4242”, com que se estreou no cinema, valeu-lhe 54 prémios e 34 nomeações e foi selecionado oficialmente para competição em 176 festivais internacionais de cinema em 40 países, enquanto “Mirror” alcançou 82 prémios, 31 nomeações e foi nomeado em 194 festivais internacionais de cinema em 32 países.

Em novembro de 2017, a jovem cineasta recebeu um diploma de reconhecimento atribuído pela cidade de Los Angeles pela sua “dedicação ao desenvolvimento da comunidade local e global, através da arte audiovisual juvenil”.

Ainda em 2017, foi distinguida com uma bolsa de estudos da Fundação Walt and Lilly Disney para o seu curso universitário, e recebeu medalha de mérito atribuída pela Câmara Municipal de Torres Vedras, pelo seu percurso cinematográfico.

FYC // MAG

Lusa/Fim

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