Joe Biden aponta o dedo à Rússia no Dia Internacional contra a Tortura
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, denunciou hoje os atos de tortura cometidos pelas autoridades russas, quer na Rússia quer na Ucrânia, destruindo “vidas, famílias e comunidades”.
“A tortura destrói vidas, famílias e comunidades. No entanto, há pessoas em todo o mundo que, diariamente, são sujeitas a estas violações horríveis dos seus direitos humanos e da sua dignidade”, afirmou Biden num comunicado alusivo ao Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, que hoje se celebra.
O presidente norte-americano referiu-se, em particular, a “provas de violência aterradora por parte de membros das forças russas” na Ucrânia, invadida por Moscovo em fevereiro de 2022, “culpados”, disse, de “tortura para forçar a cooperação com as autoridades de ocupação e durante os interrogatórios, como espancamentos, eletrocussões, execuções simuladas e o uso de violência sexual”.
“No próprio território russo, são frequentes os relatos de tortura em locais de detenção, incluindo contra ativistas e opositores às políticas governamentais”, acrescentou.
Joe Biden mencionou também a Síria e a Coreia do Norte, em que citou “o desaparecimento forçado de dezenas de milhares de sírios, com as famílias a nunca saberem o destino ou o paradeiro dos seus entes queridos”.
“Há muitos relatos credíveis de tortura e outras formas de tratamento cruel, desumano e degradante” por parte das autoridades de Pyongyang, nomeadamente contra as mulheres, que são vítimas de “violência sexual, abortos e esterilizações forçadas”, acrescenta.
Sem mencionar explicitamente as numerosas acusações de tortura que há anos são feitas contra as forças e contra os serviços secretos norte-americanos no Iraque, no Afeganistão e em Guantánamo, Biden considerou, no entanto, que “nenhum país” pode fugir às suas obrigações em matéria de direitos humanos neste domínio.
“Acreditamos profundamente, como nação, que também nós devemos cumprir os padrões a que obrigamos os outros”, defendeu.
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