Hamas alerta que nenhum refém sairá “vivo” sem “respostas às exigências”
O Hamas alertou hoje que nenhum dos reféns, sequestrados durante o ataque em Israel em 7 de outubro e ainda detidos na Faixa de Gaza, sairá “vivo” sem negociações e sem “respostas às exigências” do movimento palestiniano.
“Nem o inimigo fascista e a sua liderança arrogante, nem os seus apoiantes, serão capazes de recuperar vivos os seus prisioneiros sem troca e negociação, e sem satisfazer as exigências da resistência”, afirmou Abou Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, o braço armado do movimento islâmico palestiniano, num vídeo hoje divulgado.
Uma semana de tréguas no final de novembro permitiu a libertação de 105 reféns detidos na Faixa de Gaza, incluindo 80 reféns israelitas trocados por 240 palestinianos detidos em prisões israelitas.
O Qatar, que fez a mediação entre o Hamas e Israel, indicou que continuam em curso esforços para se alcançar uma nova trégua e libertar novos reféns, ao mesmo tempo que sublinhou que a ofensiva israelita na Faixa de Gaza “estreitou a perspetiva” de sucesso.
Israel – que nunca publicou uma lista – indicou que 137 reféns continuam detidos na Faixa de Gaza, onde o seu exército lidera uma ofensiva total, marcada em particular por bombardeamentos intensivos – do ar, do mar, do céu – contra o território pequeno e superpovoado, governado pelo Hamas desde 2007.
Cerca de 240 reféns foram levados à força para a Faixa de Gaza por combatentes palestinianos durante o ataque sem precedentes que realizaram em 7 de outubro no sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis.
Abou Obeida afirmou que a luta continuará contra as forças israelitas, cujas operações militares na Faixa de Gaza já causaram, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, quase 18 mil mortes, principalmente mulheres, crianças e adolescentes.
“Não temos outra escolha senão lutar contra este ocupante bárbaro, em cada bairro, rua ou beco”, afirmou, acrescentando: “o holocausto que o inimigo está a cometer visa quebrar a força da nossa resistência (…), mas estamos a travar uma luta sagrada, uma batalha na nossa terra”.
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