Funcionários consulares em Sidney entregaram protesto a secretário de Estado das Comunidades

Funcionários do consulado-geral de Portugal em Sidney entregaram hoje ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que está na Austrália, um manifesto a reivindicarem a concretização de medidas e aumentos como em Portugal, segundo fonte sindical.

Estes funcionários manifestaram, desta forma, o seu “grande desagrado” a Paulo Cafôfo pela “não publicação do novo mecanismo que consagra as perdas cambiais, já negociado pelo Governo PS”.

Estes trabalhadores ao serviço do Estado português também afirmaram, numa nota, que não compreendem o facto de não terem recebido os “aumentos e revalorizações da Função Pública portuguesa”, dos quais “todos os funcionários em Portugal já foram recetores”.

E mostraram igualmente o seu desagrado pela “falta de resposta à proposta” do STCDE – Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros quanto às novas tabelas salariais.

Algumas destas questões estão na origem da greve de 13 dias que o STCDE convocou para o mês de abril.

A greve decorrerá nos dias 03 a 06, 10 a 13, 17 a 20 e 24 de abril nos postos consulares, missões diplomáticas e centros culturais do instituto Camões no estrangeiro.

A ausência de resposta da tutela à proposta sindical para a revisão das tabelas salariais, a não publicação de diplomas, como o novo mecanismo de correção cambial e a regulamentação dos trabalhadores do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua no estrangeiro são alguns dos motivos desta paralisação.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, iniciou quinta-feira a sua primeira deslocação junto das comunidades portuguesas e lusodescendentes na Austrália e em Timor-Leste.

Fonte do gabinete de Paulo Cafôfo disse à Lusa que, “em todas as visitas que o secretário de Estado das Comunidades Portugueses realiza aos consulados, reúne sempre com os funcionários no sentido de os ouvir, mas também de lhes transmitir o que o Governo está a desenvolver” e “Sidney não foi exceção”.

A visita de Cafôfo, que decorre até 28 de março, inclui contactos com as autoridades locais, bem como encontros com organizações associativas e membros da comunidade portuguesa.

SMM // LFS

Lusa/Fim

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