Filme “Três cartazes à beira da estrada” dominou prémios do Sindicato dos Atores dos EUA
“Três cartazes à beira da estrada” dominou os prémios do Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG), na área do cinema, com três estatuetas, enquanto as séries “This is us”, “Veep” e “Big little lies” triunfaram na área de televisão.
A gala, que teve início domingo à noite em Los Angeles – madrugada de hoje em Portugal -, apostou no feminino e foi apresentada pela atriz Kristen Bell, que se referiu por diversas vezes aos movimentos “#Metoo” (“Eu também”) e “Time’s Up” (“Acabou-se o tempo”).
O filme de Martin McDonagh, “Três cartazes à beira da estrada”, uma comédia negra sobre a determinação de uma mãe, para que seja feita justiça à sua filha assassinada, venceu nas categorias de melhor elenco, melhor atriz (Frances McDormand) e melhor ator secundário (Sam Rockwell).
Gary Oldman venceu o prémio de melhor ator pela personificação de Winston Churchill em “A hora mais negra”, enquanto Allison Janney venceu o galardão de melhor atriz secundária pelo filme “Eu, Tonya”.
Na área de televisão, “This is us” arrecadou estatuetas para melhor elenco de uma série de drama e melhor ator para Sterling K. Brown, pelo papel de Randall Pearson, que já lhe valera o Emmy e o Globo de Ouro de melhor ator.
Por seu lado “Veep” manteve os galardões dos anos mais recentes, com os prémios de melhor série de comédia e melhor atriz de comédia, Julia Louis-Dreyfus.
O prémio de melhor ator para uma série de comédia foi para Williams H. Macy, pelo desempenho na versão norte-americana de “Shameless”, “No Limite”.
“Big little lies” voltou a valer a Nicole Kidman o prémio de melhor atriz para uma minissérie de televisão, como nos Emmy e nos Globos de Ouro, e Alexander Skarsgard o de melhor ator em minissérie de televisão, desempenho que também justificou o Globo de Ouro, que recebeu no início do mês.
A 24.ª edição dos prémios da SAG realizou-se no auditório Shrine, em Los Angeles, e a gala contou, pela primeira vez, com uma apresentadora, a atriz Kristen Bell.
“É a primeira vez que alguém dirije a gala, seja homem ou mulher, e isso representa muito”, afirmou Elizabeth McLaughlin, membro do comité do Sindicato de Atores.
Bell marcou a gala com apelo aos movimentos “#Metoo” (“Eu também”) e “Time’s Up” (“Acabou-se o tempo”), de combate ao abuso e assédio sexual, no setor do cinema e da televisão, nos EUA.
“Estamos a viver um momento crucial e, enquanto seguimos em frente com o ativismo e os ouvidos abertos, asseguremo-nos de que avançamos e de que defendemos mudanças com empatia e diligência, porque o medo e a raiva nunca ganharam a corrida”, disse Bell no seu discurso de abertura.
A apresentação dos prémios foi toda feita por mulheres, tendo alguns homens aparecido pontualmente na cerimónia, apenas para apresentarem ‘clips’ dos filmes nomeados para melhor elenco.
Marisa Tomei, Rosanna Arquette, Mandy Moore, Olivia Munn, Gina Rodriguez, Halle Berry, Lupita Nyong’o, Dakota Fanning, Kelly Marie Tran e Gabrielle Carteris contam-se entre as atrizes que apresentaram os prémios.
Morgan Freeman recebeu o prémio de Honra do Sindicato, como reconhecimento pela sua trajetória no mundo da interpretação.
Os prémios SAG foram entregues um dia depois dos prémios do Sindicato de Produtores de Hollywood, dominados por “A forma da água”, do realizador mexicano Guillermo del Toro, também distinguido pelos críticos de cinema dos EUA, no passado dia 12.
Os filmes “Três cartazes à beira da estrada” e “A forma da água” têm dominado este ano as distinções, na área do cinema, iniciadas no passado dia 08, com a entrega dos Globos de Ouro.
As nomeações para os Óscares são anunciadas terça-feira e a entrega decorrerá em Lisboa, no passado dia 04.
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Lusa/fim