EUA/Floyd: Juiz rejeita pedido de ex-policia Derek Chauvin para novo julgamento

Um juiz rejeitou hoje o pedido do ex-polícia Derek Chauvin para um novo julgamento no caso da morte de George Floyd.

O juiz Peter Cahill negou hoje esse pedido, afirmando que o advogado de defesa, Eric Nelson, não mostrou sinais de ter abusado da sua posição e de ter negado a Chauvin um julgamento justo.

Chauvin, de 45 anos, então agente policial de Minneapolis, imobilizou George Floyd no chão de uma rua daquela cidade norte-americana, a 25 de maio de 2020, por suspeita de ter passado uma nota falsa de 20 dólares, mantendo um joelho sobre o seu pescoço durante nove minutos e meio e ignorando-o enquanto este dizia “Não consigo respirar”.

Um vídeo da morte de Floyd captado por uma transeunte denunciou o caso e desencadeou protestos contra o racismo e a brutalidade policial em Minneapolis, alguns dos quais violentos, que rapidamente alastraram a todo o mundo.

Deverá ser conhecida hoje a sentença do ex-polícia Derek Chauvin pelo homicídio de George Floyd, assim encerrando o caso que gerou indignação ao nível global e uma consciencialização das desigualdades raciais nos Estados Unidos.

O ex-polícia enfrenta décadas na prisão, com vários juristas prevendo uma pena de entre 20 e 25 anos.

Embora seja esperado que Chauvin recorra da sentença, ele será ainda julgado por acusações federais de direitos civis, juntamente com outros três agentes policiais como ele despedidos do departamento de polícia de Minneapolis, que terão ainda de ser sujeitos a julgamento ao nível estadual.

Derek Chauvin foi condenado por homicídio involuntário em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio doloso em segundo grau.

De acordo com a lei do Estado do Minnesota, ele será apenas ser sentenciado pelo mais grave dos crimes por que foi condenado, que tem uma sentença máxima de 40 anos.

Mas a jurisprudência determina que uma pena de 30 anos é, na prática, a sentença máxima que o juiz Peter Cahill poderá impor sem correr o risco de a mesma ser anulada em segunda instância.

ANC // EL

Lusa/fim

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