Estados Unidos pedem à Rússia libertação de jornalista norte-americano detido
Os Estados Unidos pediram à Rússia para libertar de imediato o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, cuja prisão preventiva foi prorrogada hoje por três meses por um tribunal de Moscovo.
“As acusações contra Evan Gershkovich são infundadas. Mais uma vez, apelamos à Rússia para que liberte imediatamente Evan e liberte o cidadão norte-americano Paul Whelan detido injustamente”, anunciou um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
Um tribunal de Moscovo prorrogou hoje por três meses a prisão preventiva de Gershkovich, detido no final de março na Rússia por “espionagem”, acusação que rejeita.
“O período de detenção é prorrogado por três meses (…) até 30 de novembro”, informou o serviço de imprensa do tribunal de Lefortovski, num comunicado.
O jornal Wall Street Journal, para o qual trabalha Gershkovich, já criticou a decisão judicial.
“Estamos muito desapontados por ele estar detido de forma arbitrária e injusta por fazer o seu trabalho como jornalista”, afirmou o diário norte-americano num comunicado.
Também a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, criticou a decisão do tribunal de Moscovo, dizendo que reflete “a violência brutal” do regime russo.
Para a chefe da diplomacia alemã, a decisão do tribunal de Moscovo relativa ao jornalista “mostra o que significa a violência brutal dentro do país (…) e que não houve um julgamento justo”.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova Iorque, pediu à Rússia para “deixar de processar a imprensa pelo seu trabalho”.
“Cada nova prorrogação da detenção de Evan Gershkovich é um golpe para a liberdade de imprensa na Rússia e um ataque ao trabalho dos correspondentes estrangeiros no país”, disse Carlos Martinez, funcionário do CPJ, num comunicado.
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