Encontrados “quase todos” os restos mortais da menina lusodescendente Maëlys

Os investigadores encontraram hoje “quase todos” os restos mortais de Maëlys de Araújo, um dia depois da descoberta de vestígios e de algumas ossadas desta menina lusodescendente desaparecida em agosto passado no leste de França, divulgou uma fonte policial.

Ainda por determinar estão as circunstâncias da morte da criança de nove anos. O suspeito da morte de Maëlys de Araújo, Nordahl Lelandais, um antigo militar que confessou na quarta-feira ter matado “involuntariamente” a criança, permanece em silêncio.

O procurador de Grenoble (leste de França), Jean-Yves Coquillard, referiu, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), que “quase todo o esqueleto” da criança e “roupas e um sapato” foram encontrados no mesmo local onde foram localizados, na quarta-feira, o crânio e outros restos mortais da menina lusodescendente.

Nenhum outro elemento relacionado com este crime foi encontrado na área, precisou o procurador.

As operações de busca, que enfrentaram hoje condições meteorológicas adversas (neve, chuva e nevoeiro), foram dadas como concluídas, acrescentou Jean-Yves Coquillard.

Na quarta-feira, o antigo militar Nordahl Lelandais confessou o crime.

“Até agora, os pais estavam na pior das situações, na ignorância do que tinha acontecido à criança. Esta noite, eles sabem que a filha morreu, que foi morta e há alguns minutos descobrimos os restos [mortais] da criança”, indicou o procurador numa conferência de imprensa realizada nesse dia.

Na mesma ocasião, Jean-Yves Coquillard indicou que o suspeito decidiu falar com os juízes de instrução após a descoberta de uma mancha de sangue na mala do seu carro.

“Nordahl Lelandais disse que matou Maëlys involuntariamente e desfez-se do corpo” e “pediu desculpas aos pais de Maëlys, a Maëlys e aos juízes de instrução”, declarou o representante, ainda na quarta-feira.

Maëlys desapareceu a 27 de agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, no leste de França.

Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, é desde 20 de dezembro o principal suspeito de um outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em abril passado naquela mesma região, em Chambéry.

SCA (CAYB) // ANP.

Lusa/Fim

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