Covid-19: Marcelo destaca “janela de esperança” quanto à vacinação no segundo trimestre

O Presidente da República destacou hoje a “janela de esperança” quanto à vacinação contra a covid-19 no segundo trimestre deste ano e considerou que os especialistas deram “uma ajuda essencial” para a tomada de decisões.

Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu estas mensagens durante a 16.ª sessão sobre a “situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”, após o período de intervenções dos especialistas, que terminou com uma apresentação do coordenador do plano de vacinação nacional contra esta doença, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

Ainda com esta reunião a ser transmitida publicamente, o chefe de Estado quis deixar quatro notas sobre o que tinha ouvido, uma delas para destacar a “janela de esperança” quanto à vacinação, referindo-se à expectativa “particularmente importante quanto ao segundo trimestre de 2021”.

Segundo Gouveia e Melo, espera-se “uma concentração de vacinas já no segundo trimestre suficiente para aumentar a velocidade de vacinação para cerca de 100 mil vacinas por dia, o que fará com que se tenha de pensar em modelos alternativos aos centros de saúde nos cuidados primários para que este processo de vacinação corra sem problemas na administração de vacinas”.

O vice-almirante admitiu que se possa “atingir a imunidade de grupo” em Portugal mais cedo do que estava previsto, “em meados do verão, à volta de agosto ou inícios de agosto”, mas ressalvou que “isto são expectativas, em face de expectativas melhores de disponibilidade de vacinas, que têm de se confirmar”.

O Presidente da República frisou igualmente que o ritmo de vacinação apontado para o segundo trimestre é por enquanto apenas uma expectativa.

Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa salientou as palavras do vice-almirante sobre a necessidade de se administrar a quantidade mais elevada esperada de vacinas “num quadro ou num modelo que seja compatível com essa elevação, o que significa diferente daquele até agora utilizado no primeiro trimestre”.

De acordo com o Presidente da República, as intervenções dos especialistas nesta sessão sobre a situação da covid-19 em Portugal constituíram “uma boa ajuda, uma ajuda essencial para a reflexão quanto ao tratamento da pandemia no futuro próximo e no futuro imediatamente subsequente”.

No seu entender, para isso contribuiu “a convergência de vários oradores quanto a dois critérios particularmente relevantes ao avaliar-se a evolução da pandemia e a tomada de medidas sobre ela: o número de casos ou incidência, por um lado, mas de forma muito especial o número de internamentos – internamentos em geral e internamentos em cuidados intensivos”.

Tendo em conta “as análises quantitativas e qualitativas”, o chefe de Estado concluiu que “os portugueses têm uma perceção largamente correspondente à evolução dos factos”.

Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu aos peritos que fizeram apresentações nesta sessão e realçou que “por trás desses oradores se encontram dezenas de especialistas a preparar as suas intervenções”.

Quando foi decretada a última renovação do estado de emergência, em 11 de fevereiro, o primeiro-ministro, António Costa, pediu aos cientistas “um esforço de consensualização científica sobre aquilo que devem ser os níveis relativamente aos quais as medidas devem ser adotadas”, considerando que a existência de “opiniões diversas” tem gerado confusão na opinião pública.

Em Portugal, já morreram mais de 16 mil doentes com covid-19 e foram contabilizados até agora mais de 798 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca esta doença, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

IEL (PMF) // SF

Lusa/Fim

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