Covid-19: Índice de transmissibilidade em 0,77, o mais baixo desde o início da pandemia
O índice de transmissibilidade (Rt) da covid-19 está em 0,77, “o mais baixo que o país já teve desde o início da pandemia”, adiantou hoje o primeiro-ministro, António Costa, no final do Conselho de Ministros.
“Este decréscimo de novos casos nestas duas semanas tem-se traduzido também numa redução significativa do risco de transmissibilidade, o famoso Rt, que está neste momento em 0,77, que é o mais baixo que o país já teve desde o início da pandemia e que é muito visível na redução efetiva de novos casos diários, que depois de um fortíssimo crescimento no mês de janeiro tem vindo nas últimas semanas a ter uma quebra muito significativa”, disse António Costa em conferência de imprensa sobre o prolongamento do estado de emergência a partir de 15 de fevereiro e sobre as medidas a vigorar.
Perante isto, António Costa afirmou que “o confinamento está a produzir resultados e é merecido um agradecimento aos portugueses pelo sentido cívico com que o têm vindo a cumprir”.
“Contudo a situação continua a ser extremamente grave”, disse o primeiro-ministro, referindo que Portugal continua a ter nos últimos 14 dias um nível de 960 caos de infeção por 100 mil habitantes, o que de acordo com a tabela do Centro Europeu de Controlo de Doenças é um nível extremamente grave, e que apesar da “trajetória descendente” das últimas semanas no número de casos diários, o nível de internamentos hospitalares é ainda elevado.
“Este elevado número de internados também se traduz num elevadíssimo número de internados em unidades de cuidados intensivos. Muitas vezes nos perguntaram ao longo desta pandemia qual era o limite e todas as semanas se tem ultrapassado o limite. E a verdade é que num esforço extraordinário dos nossos profissionais, da mobilização de todos os recursos, tem sido possível dar resposta àquilo que é necessário”, disse António Costa.
Sobre o “elevadíssimo número de óbitos” que o país continua a registar, António Costa disse que o país não se pode “conformar” com números “absolutamente inaceitáveis”.
“Se os compararmos com o máximo de óbitos que tivemos na primeira vaga, quando todos nos mobilizámos para combater esta pandemia, com os números que hoje continuamos a ter, percebemos que estes valores são absolutamente inaceitáveis”, defendeu.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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Lusa/fim