Covid-19: Governador de Nova Iorque anuncia reforço de locais de vacinação
O governador de Nova Iorque anunciou este sábado o reforço dos centros de vacinação contra a covid-19 no estado norte-americano e disse esperar que as vacinas cheguem em maior número às comunidades negra e latina, as mais afetadas pela pandemia.
O anúncio de Andrew Cuomo ocorreu numa altura em que Nova Iorque esgotou as vacinas contra o novo coronavírus e encerrou 15 centros de vacinação, enquanto espera por uma nova remessa de 250.400 doses, que deverá chegar no início da próxima semana.
“Quando as vacinas chegarem, o nosso objetivo é colocá-las nos braços [das pessoas] o mais rápido possível”, adiantou Andrew Cuomo, ao admitir que as cerca de 250 mil doses por semana não são suficientes para Nova Iorque, estado onde mais de um milhão de pessoas já recebeu a primeira toma do fármaco.
O governador pediu ainda aos nova-iorquinos para que confiem na vacina e para não subestimarem o vírus SARS-CoV-2, lembrando que 144 pessoas morreram neste estado na sexta-feira devido à covid-19.
“Se baixarmos a guarda, o vírus crescerá e derrotar-nos-á”, alertou Andrew Cuomo, em conferência de imprensa para anunciar o alargamento dos locais de vacinação aos 33 centros de idosos administrados pela autoridade de habitação pública da cidade de Nova Iorque e a mais de 300 igrejas e centros culturais.
Na conferência de imprensa, o governador adiantou ainda que a comunidade negra de Nova Iorque foi duas vezes mais afetada pela covid-19, enquanto a comunidade latina foi 1,5 vezes mais atingida pela doença.
“Temos visto grandes disparidades no sistema de saúde e é por isso que morrem. É um facto”, disse o governador democrata, ao considerar que a covid-19 “matou nas comunidades negra e latina numa taxa maior do que na comunidade branca”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.107.903 mortos resultantes de mais de 98,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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