Covid-19: Estados Unidos exigem investigação “completa” às origens da pandemia

O Governo dos EUA avisou hoje que a investigação da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China sobre as origens da pandemia de covid-19 deve ser “completa e clara”.

“É imperativo que cheguemos ao fundo das coisas, sobre o surgimento da pandemia na China”, disse a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki, na véspera do início de uma investigação de campo por especialistas da OMS, garantindo que os Estados Unidos vão apoiar “uma investigação internacional que deve ser completa e clara”.

Washington promete “avaliar a credibilidade do relatório de investigação, logo que esteja concluído” e explorar “as informações coligidas e analisadas pela inteligência dos EUA” sobre a origem da pandemia de covid-19, acrescentou Jen Psaki.

Os 10 investigadores internacionais da OMS destacados para esta investigação chegaram a Wuhan em meados de janeiro.

Após um período de quarentena, os especialistas devem iniciar o seu trabalho na quinta-feira, naquela que foi a primeira cidade do mundo colocada em confinamento, em 23 de janeiro de 2020.

A missão é considerada ultrassensível pelo regime chinês, que se mostra interessado em evitar qualquer responsabilidade pela pandemia que já matou mais de 2,1 milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto está praticamente erradicada na China.

O ex-Presidente dos EUA Donald Trump acusou por várias vezes a China de ter permitido que a pandemia se expandisse na sua fase inicial, acusando também a OMS de ser complacente com a agenda política de Pequim.

O novo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, irá assegurar que cientistas e políticos dos EUA estejam presentes na China para representar os interesses de Washington nessa missão, sublinhou a porta-voz da Casa Branca.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

RJP // EL

Lusa/Fim

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