Covid-19: Donald Trump não será bem-vindo à Escócia devido à pandemia, avisa PM
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, avisou hoje Donald Trump que o confinamento em vigor no país, onde o Presidente cessante norte-americano possui campos de golfe, não permitirá que este se desloque à Escócia no final do mandato.
A afirmação de Sturgeon surge após informações na imprensa que dão conta da possibilidade de Trump visitar a Escócia após terminar o mandato como Presidente dos Estados Unidos, a 19 deste mês, um dia antes de o democrata Joe Biden, vencedor das eleições de 03 de novembro, tomar posse.
Segundo o jornal escocês Sunday Post, o aeroporto de Prestwick, no leste da Escócia, foi notificado para a chegada, a 19 deste mês, do Boeing 757 que o Presidente norte-americano às vezes utiliza.
Alimentando especulações sobre uma possível visita, o jornal escocês cita uma atividade intensa no aeroporto de Prestwick com aviões da força aérea dos Estados Unidos, que efetuaram uma “missão de reconhecimento” ao Trump Turberry, um dos dois complexos de campos de golfe que o Presidente norte-americano possui no país.
Contactado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), um porta-voz do aeroporto escocês indicou que se espera uma visita de Trump em janeiro.
Interrogada sobre o assunto numa conferência de imprensa, a primeira-ministra escocesa indicou não ter “nenhuma ideia dos projetos de viagem” de Trump.
“Espero que o seu projeto imediato [de Trump] seja deixar a Casa Branca. Mas atualmente não permitimos que as pessoas venham para a Escócia, exceto em viagens essenciais”, afirmou, um dia depois de a Escócia ter endurecido as condições de confinamento devido à pandemia de covid-19.
“Isso aplica-se a ele [Trump] como a qualquer outra pessoa. […] Vir para jogar golfe é uma razão que eu não consideraria essencial”, acrescentou Sturgeon.
Atualmente, há ainda muita especulação sobre o que Trump, que continua a recusar a derrota nas presidenciais de 03 de novembro passado, fará no dia da tomada de posse de Biden.
Se Trump não comparecer na cerimónia irá contrariar uma tradição com mais de um século.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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