Covid-19: Biden classifica fim da obrigatoriedade de máscara no Texas como “raciocínio Neanderthal”

O Presidente norte-americano, Joe Biden, criticou hoje a decisão do governador do Texas de acabar com a obrigatoriedade de utilização de máscara respiratória, classificando-a de “raciocínio Neanderthal”. 

“Estamos à beira de ser capazes de mudar fundamentalmente a natureza desta doença por causa da maneira como podemos vacinar as pessoas. A última coisa – a última coisa – de que precisamos, é um raciocínio Neandertal de que está tudo bem, portanto é possível tirar a máscara e esquecer”, disse Biden.

“Espero que todos percebam, nesta fase, que estas máscaras fazem a diferença”, adiantou o Presidente norte-americano numa declaração na Casa Branca, sem esquecer a sua própria máscara facial.

O governador do Texas, o republicano Greg Abbott, afirmou na terça-feira que o Estado vai tornar-se no mais populoso a rejeitar a obrigatoriedade de utilização de máscara respiratória.

O governador republicano foi fortemente criticado por causa da obrigatoriedade de utilização de equipamentos de proteção individual, como, por exemplo, as máscaras, imposta há cerca de oito meses, assim como pelas outras medidas de combater a propagação do SARS-CoV-2.

Também a partir de 10 de março, o Texas vai acabar com a limitação do número máximo de pessoas que os restaurantes podem receber por mesa, acrescentou o governador, citado pela Associated Press (AP).

“Remover as regras estatais não significa o fim da responsabilidade pessoal”, advertiu Abbott.

A Califórnia é agora o estado norte-americano com mais mortos (52.693), seguido de Nova Iorque (47.818), Texas (44.185), Florida (31.135), Pensilvânia (24.062), Nova Jersey (23.321) e Illinois (22.803), segundo a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

Em número de casos confirmados, a Califórnia é também o mais afetado, com 3.576.448 infeções desde o início da pandemia, seguindo-se o Texas (2.668.357), Florida (1.918.100), Nova Iorque (1.656.684) e Illinois (1.189.326).

Os Estados Unidos registaram 2.136 mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, além de 57.900 novos casos.

Desde o início da pandemia, o país acumulou 516.456 óbitos e 28.717.134 casos da doença.

Os Estados Unidos são o país com mais mortes devido à covid-19 e também com mais casos de infeção.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, estimou que a doença venha a causar mais de 600 mil mortos no país.

Por seu lado, o Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, em cujos modelos de projeção a Casa Branca se baseia com frequência, previu cerca de 575 mil mortos até junho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Lusa/fim

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