Centro Português de Caracas aposta na promoção da identidade nacional

 O Centro Português de Caracas tem nova direção, encabeçada por Sérgio Nunes, um licenciado em gestão de empresas que que vincar o “portuguesismo” da comunidade local e transformar o clube em um sítio seguro para os seus sócios.

“Portuguesismo não é só ter uma identificação que te acredita como português, é também sentir e saber que Portugal é a tua terra mãe, apesar de estar a milhares de quilómetros de distância”, disse à Agência Lusa.

Sérgio Nunes explicou que já falou com os seus companheiros de direção sobre “portugalidade”, recordando que os estatutos do clube estabelecem que o objetivo da organização é “promover a cultura portuguesa e o gentílico português”.

“Queremos desenvolver eventos, apoiar o ensino da língua portuguesa, divulgar o fado, fazer cursos de gastronomia portuguesa e de tudo o que nos enraíza mais a Portugal, que tanto amamos e queremos”, disse.

Segundo Sérgio Nunes, “adaptar-nos e reinventar-nos” são as palavras-chave para aquele que é o maior clube português da Venezuela que, tal como outras instituições, viu o seu funcionamento condicionado pela pandemia no país.

“Estamos em pandemia. As coisas ficaram difíceis e o Centro Português teve que permanecer fechado durante vários meses, que mudar para um horário reduzido e mais recentemente abrir uma semana sim e uma semana não”, disse.

Nunes explicou que quer que os associados visitem o clube “de maneira mais segura”, referindo-se a questões de proteção pessoal ou protocolos preventivos da pandemia.

“Muitas atividades foram suspensas e a ideia é fazê-las agora ao ar livre com poucas pessoas, que os sócios regressem e possam realizar as atividades tradicionais. A Venezuela não é um país fácil e Caracas não é uma cidade fácil. Queremos um ambiente seguro para toda a família”, frisou.

O novo presidente do Centro Português quer ainda “que as crianças possam aprender português, fazer atividades desportivas ou culturais, e que os pais estejam tranquilos porque os seus filhos estão aqui, dentro das instalações (do clube), da maneira mais segura”.

Gil Sérgio Nunes Vieira nasceu no Funchal em 24 de fevereiro de 1974 e emigrou para a Venezuela, com os pais, em outubro de 1978.

Na Venezuela licenciou-se em gestão de empresas na Universidade Católica Andrés Bello (UCAB) e fez a carreira de Inglês como Língua Estrangeira no Centro Venezuelano Americano, em Caracas.

Especializou-se também em gestão de riscos imobiliários na UCAB e fez formação adicional em desenvolvimento executivo e em liderança empresarial, no Instituto de Estudos Superiores de Administração.

FPG // PJA

Lusa/Fim

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