Casa Branca pede mais 13,7 mil ME para ajudar a Ucrânia
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso norte-americano que forneça mais 13,7 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) para apoiar a Ucrânia, foi hoje conhecido.
O pedido faz parte de um pacote de emergência de 47,1 mil milhões de dólares (47,3 mil milhões de euros) que a Casa Branca está a propor para a resposta à covid-19, ao surto de varíola-dos-macacos e à ajuda para desastres naturais no Kentucky e noutros estados.
O Congresso vai ter de prolongar o financiamento atual antes que se esgote em 30 de setembro.
O dinheiro disponibilizado à Ucrânia seria superior aos 40 mil milhões de euros (40,1 mil milhões de euros) que foram aprovados no início de 2022. Funcionários do Governo disseram que cerca de três quartos desse apoio militar e orçamental foram desembolsados ou comprometidos.
O novo apoio incluiria equipamentos, apoio de inteligência e apoio orçamentário direto para a Ucrânia.
Também seriam incluídos 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) para a aquisição de urânio para abastecer reatores nucleares dos Estados Unidos, uma vez que abastecimento russo poderá diminuir.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo advertiu hoje Washington, manifestando-se contra o fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia, observando que os Estados Unidos estão à beira do envolvimento direto no conflito.
Sergei Ryabkov também destacou a doutrina militar do país que prevê o uso de armas nucleares em caso de ameaça à existência da Rússia.
“Alertámos repetidamente os Estados Unidos sobre as consequências que podem seguir se continuarem a inundar a Ucrânia com armas”, realçou.
Em declarações à televisão estatal, Ryabkov alertou que “uma margem muito reduzida que separa os Estados Unidos de se tornarem parte do conflito não deve criar uma ilusão para forças antirrussas raivosa de que tudo irá ficar como está se eles a ultrapassarem”.
O diplomata salientou que a Rússia vai impulsionar a sua ofensiva na Ucrânia até atingir os seus objetivos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções.
Até agora, a ONU apresentou como confirmados 5.663 civis mortos e 8.055 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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