Blinken “excedeu as melhores expetativas” em reunião com MNE da UE
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que a participação do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na reunião de hoje de chefes de diplomacia da União Europeia “excedeu as melhores expectativas”.
“Excedeu as melhores expectativas, tal foi a convergência de posições que foi possível verificar em função das intervenções de todos os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e das quatro intervenções feitas ao longo da reunião pelo secretário de Estado Blinken”, comentou Santos Silva, numa conferência de imprensa, em Bruxelas, no final de uma reunião dos chefes de diplomacia europeus, que teve como convidado ‘virtual’ o seu novo homólogo norte-americano.
Augusto Santos Silva explicou que, neste Conselho presencial em Bruxelas, todos os 27 chefes de diplomacia europeus intervieram naquela que foi a primeira troca de pontos de vista com o novo secretário de Estado norte-americano, convidado a participar por videoconferência, e que teve uma intervenção inicial, seguida de três outras, no fim de cada ronda de nove intervenções por parte dos ministros europeus.
Augusto Santos Silva começou por salientar “a forma absolutamente cristalina como a administração norte-americana diz: «estamos de regresso»”, no sentido de todos os parceiros poderem de novo contar com os Estados Unido na defesa e promoção do multilateralismo, nas grandes agendas globais, e “na valorização da relação com a União Europeia e do laço transatlântico, absolutamente privilegiada e preferencial” para a (nova) política externa norte americana.
O ministro destacou também a grande “convergência na identificação dos desafios e ameaças atuais perante a qual a comunidades das democracias deve fazer convergir as suas posições”, designadamente em “questões de natureza geopolítica mais geral”, como é o caso das relações com a Rússia e com a China.
“Eu diria que a reunião não só cumpriu todas as altíssimas expectativas que já havia, como as excedeu”, resumiu o ministro no final do Conselho ministerial, o único que não se celebra sob presidência portuguesa, dado ser dirigido pelo Alto Representante da UE para a Política Externa, desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa.
ACC/TEYA // EL
Lusa/fim