Biden insiste na solução de dois estados nas relações entre Israel e a Palestina

 O Presidente dos EUA, Joe Biden, congratulou hoje Benjamin Netanyahu pelo seu regresso à chefia do Governo israelita e garantiu que continuará a defender a solução de dois estados para as relações entre Israel e a Palestina.

Em comunicado, Joe Biden disse que quer trabalhar com o homem que já serviu como primeiro-ministro de Israel entre 1996 e 1999 e depois entre 2009 e 2021, “para enfrentar em conjunto os muitos desafios e oportunidades que se apresentam a Israel e ao Médio Oriente, incluindo as ameaças do Irão”.

Benjamin Netanyahu foi empossado hoje como primeiro-ministro de Israel, formando um Governo com apoio da direita.

No passado, as suas relações com os Estados Unidos foram por vezes turbulentas, principalmente sob os mandatos de Barack Obama.

Na sua declaração, Joe Biden também reiterou a posição dos Estados Unidos sobre a questão das relações entre Israel e a Palestina.

“Os Estados Unidos continuarão a apoiar uma solução de dois estados e a opor-se a políticas que ameacem a sustentabilidade ou contradigam os interesses e valores compartilhados”, esclareceu o líder dos EUA.

No início de dezembro, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, tinha avisado que os Estados Unidos se oporiam ao estabelecimento de novos colonatos pelo próximo Governo israelita na Cisjordânia ocupada.

O parlamento israelita (Knesset) ratificou hoje o novo governo liderado por Benjamin Netanyahu, formado com os seus parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita, e posteriormente Netanyahu prestou juramento.

O governo mais à direita da história de Israel foi aprovado com o voto favorável de uma maioria de 63 deputados dos seis partidos que compõem a coligação, três dos quais abertamente racistas e supremacistas judeus, segundo a agência espanhola EFE.

A missão do governo será “impedir os esforços do Irão para adquirir um arsenal nuclear”, disse Netanyahu, citado pela agência francesa AFP.

Netanyahu disse também que o seu executivo pretende “assegurar a superioridade militar de Israel na região”, ao mesmo tempo que procurará “alargar o círculo de paz” com os países árabes.

O novo executivo deverá reunir-se pela primeira vez ainda esta noite.

Em Bruxelas, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou Netanyahu e exortou-o a trabalhar em conjunto com a União Europeia pela paz no Médio Oriente e para enfrentar as consequências da guerra na Ucrânia.

“Temos a expetativa de trabalhar para fortalecer a nossa associação, promover a paz no Médio Oriente e enfrentar as ondas de choque da guerra da Rússia contra a Ucrânia”, disse von der Leyen no Twitter.

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Lusa/Fim

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