Biden diz que ajuda dos EUA a Israel está “a caminho” e porta-aviões ruma ao Mediterrâneo Oriental

O Presidente norte-americano, Joe Biden, informou hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a ajuda militar dos Estados Unidos da América (EUA) “está agora a caminho” e que se espera mais “nos próximos dias”, anunciou a Casa Branca.

Joe Biden prometeu a Netanyahu “apoio total ao seu Governo e ao povo israelita após um ataque horrível e sem precedentes dos terroristas do Hamas”, acrescentou o executivo dos EUA em comunicado, citado pela agência France-Presse.

Biden enfatizou que todos os países “devem permanecer unidos diante de tais atrocidades brutais”.

Por seu lado, o chefe do Pentágono anunciou que os Estados Unidos começaram a entregar munições adicionais a Israel, acrescentando que o exército norte-americano está em processo de reforço da sua presença militar no Médio Oriente.

O primeiro pacote de ajuda militar “começará a partir hoje e chegará nos próximos dias”, disse o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, num comunicado, acrescentando que um porta-aviões estava a caminho do Mediterrâneo.

Segundo duas fontes das autoridades norte-americanas, que falaram sob anonimato e citadas pela agência Associated Press (AP), o Pentágono ordenou que o grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford navegasse para o Mediterrâneo Oriental para estar pronto para ajudar Israel.

O USS Gerald R. Ford e os seus cerca de 5.000 marinheiros e convés de aviões de guerra serão acompanhados por cruzadores e contratorpedeiros numa demonstração de força, evidenciando assim um dispositivo pronto para responder a qualquer eventualidade.

O porta-aviões com sede em Norfolk, Virgínia, já estava no Mediterrâneo, tendo na semana passada realizado exercícios navais com a Itália no mar Jónico. É o porta-aviões mais novo e avançado dos Estados Unidos e este é o seu primeiro desdobramento completo.

O movimento palestiniano Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes no sábado, com mais de 700 pessoas mortas em Israel. Mais de 300 foram mortas em Gaza nas operações de retaliação das autoridades israelitas.

Os balanços de vítimas, que incluem também alguns milhares de feridos, vão aumentando enquanto os combates prosseguem hoje.

Juntamente com o Gerald R. Ford, as autoridades norte-americanas vão enviar o cruzador USS Normandy, os contratorpedeiros (‘destroyers’) USS Thomas Hudner, USS Ramage, USS Carney e USS Roosevelt, e aumentar a presença de esquadrões de aviões de combate F-35, F-15, F-16 e A-10 na região.

“Os EUA mantêm forças prontas em todo o mundo para reforçar ainda mais esta postura de dissuasão, se necessário”, disse Austin, no comunicado.

Além disso, a administração Biden “fornecerá rapidamente às forças de defesa de Israel equipamentos e recursos adicionais, incluindo munições”, e “a primeira assistência de segurança começará a avançar hoje e chegará nos próximos dias”, acrescentou.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que os Estados Unidos estão a verificar os relatos que têm de norte-americanos desaparecidos e mortos na sequência do ataque do Hamas.

“Temos relatos de que vários americanos foram mortos. Estamos trabalhando horas extras para verificar isso. Ao mesmo tempo, há relatos de americanos desaparecidos e, novamente, estamos trabalhando para verificar esses relatos”, disse Blinken aos ‘media’, citado pela agência Efe.

Israel e as milícias palestinianas em Gaza vivem o segundo dia de guerra, com intensos combates em áreas israelitas perto da Faixa de Gaza, onde ainda há presença do Hamas, enquanto os disparos de foguetes e bombardeios continuam, com mais de mil mortos em ambos os lados num conflito sem precedentes.

LFS // ROC

Lusa/Fim

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