Biden declara situação de catástrofe na Califórnia e Alabama devido a tempestade

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou hoje uma declaração de catástrofe para os estados da Califórnia e do Alabama, afetados nas últimas semanas por fortes tempestades que já provocaram pelo menos 19 mortos.

Esta medida, que constitui o nível seguinte à declaração de estado de emergência, permite disponibilizar fundos federais para as pessoas afetadas nos condados de Merced, Sacramento e Santa Cruz, na Califórnia, bem como nos condados de Autauga e Dallas, no Alabama.

Os dois estados têm sofrido, desde 27 de dezembro, fortes tempestades de inverno, que causaram inundações, deslizamentos de terra e derrocadas, estando a ser avaliado o valor dos prejuízos. Segundo a Casa Branca, a avaliação também poderá determinar a necessidade de dar ajuda federal a outras áreas.

Essa ajuda “pode incluir apoios para alojamento temporário e reparações nas casas ou empréstimos com taxas baixas para cobrir perdas de propriedades que não estavam no seguro”, bem como ajudas a proprietários de empresas, refere Washington, em comunicado hoje divulgado.

Uma série de tempestades de inverno atingiu a costa oeste dos Estados Unidos nos últimos 15 dias, estando a Califórnia a preparar-se para uma nova tempestade, com chuvas torrenciais, ventos fortes e neve, que, segundo alertaram as autoridades, pode provocar mais inundações, deslizamentos de terra e cortes de energia.

O diretor do Gabinete de Serviços de Emergência do governador da Califórnia afirmou, em conferência de imprensa realizada na sexta-feira, que a região “não está fora de perigo”, lembrando que “as tempestades estão entre os desastres naturais mais mortíferos da história moderna” do estado.

A situação é pouco comum num estado mais habituado aos fogos e à seca. Só a cidade de São Francisco registou, desde o dia de Natal, o mesmo volume de precipitação que teria normalmente em meio ano.

De acordo com dados recolhidos até 10 de janeiro, a “seca excecional” que atingiu a Califórnia nos últimos três anos praticamente desapareceu em poucas semanas.

PMC (ARYG) // JH

Lusa/Fim

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