Biden “confiante” quanto a negociação com republicanos sobre limite da dívida
O Presidente norte-americano Joe Biden, continua “confiante” sobre um resultado favorável das negociações, em Washington, sobre o aumento do teto da dívida pública dos EUA, disse hoje a porta-voz da Casa Branca.
Ainda existem “diferenças reais” entre democratas e republicanos sobre o assunto, admitiu Karine Jean-Pierre em Hiroshima, onde Biden está a participar na cimeira do G7, grupo formado pelo Reino Unido, França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Itália.
Mas “o presidente está confiante na possibilidade de avançar”, acrescentou a porta-voz.
O republicano que preside à Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, disse na sexta-feira que as negociações com a Casa Branca sobre o limite da dívida estavam “em pausa”.
Em declarações a jornalistas, no Congresso, disse: “Sim. Estamos em pausa”.
O governo do democrata Joe Biden e a oposição republicana estão em corrida contrarrelógio para evitar um incumprimento dos EUA depois de 01 de junho.
Se o limite da dívida pública federal não for elevado pelo Congresso até ao final deste mês, os EUA podem não pagar os reembolsos dos empréstimos, uma eventualidade potencialmente catastrófica para os mercados financeiros mundiais.
Na quinta-feira, Biden e McCarthy tinham manifestado algum otimismo sobre a possibilidade de chegarem a um acordo de princípio.
Os republicanos exigem cortes orçamentais para autorizarem a subida do limite da dívida.
“Tinha pensado verdadeiramente que tínhamos chegado a uma posição em que eram possíveis avanços”, lamentou na sexta-feira McCarthy, antes de acrescentar: “Não podemos gastar tanto dinheiro no próximo ano”.
Antes, o congressista Garret Graves, um dos negociadores republicanos, que têm a maioria na Câmara dos Representantes, tinha dito que era altura de “fazer uma pausa” nas negociações com a Casa Branca, que qualificou como “não produtivas”.
Biden deve regressar aos EUA no domingo.
Na sua conta na Facebook, Robert Reich, que foi secretário do Trabalho de Bill Clinton e é professor de Economia em Berkeley, comentou: “Os ‘falcões’ orçamentais republicanos estavam hibernados quando o governo de Trump aprovou uma redução de impostos para os ricos de dois milhares de milhões de dólares?”
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