Atriz Meryl Streep recebe Palma de Honra no Festival de Cannes

A atriz norte-americana Meryl Streep vai receber uma Palma de Honra no Festival de Cinema de Cannes, que começa no dia 14, em França, revelou hoje o festival.

“Trinta e cinco anos depois de ter recebido um prémio de melhor atriz, pelo filme ‘Um grito de coragem’ (1988) [de Fred Schepisi], na sua única presença em Cannes até à atualidade, Meryl Streep fará o tão aguardado regresso à ‘Croisette’”, afirmou o festival em nota de imprensa.

Meryl Streep, 74 anos, uma das mais premiadas e versáteis atrizes da sua geração, receberá o prémio de honra na abertura do festival de Cannes.

“Ao longo da carreira, Meryl Streep nunca se esquivou a denunciar publicamente o lugar de precariedade das mulheres na indústria cinematográfica”, considerou o festival, apontando alguns dos filmes emblemáticos da atriz, como “Kramer contra Kramer” (1979), “África Minha” (1985) e “As pontes de Madison County” (1995).

Este ano, o Festival de Cannes já tinha anunciado que vai também atribuir um prémio de carreira ao realizador e produtor norte-americano George Lucas, “uma lenda de Hollywood”, e um prémio de honra ao estúdio japonês de animação Ghibli, num gesto inédito na história do festival.

Na competição oficial de Cannes pela Palma d’Ouro estão a curta-metragem “Mau por um momento”, de Daniel Soares, e a longa-metragem “Grand Tour”, de Miguel Gomes.

Na secção “Cannes Première” estará “Miséricorde”, filme do realizador francês Alain Guiraudie, com coprodução entre França, Espanha e Portugal, pela Rosa Filmes.

Também há cinema português nas secções paralelas do festival, nomeadamente “As minhas sensações são tudo o que tenho para oferecer”, de Isadora Neves Marques, na Semana da Crítica.

Na Quinzena de Cineastas, outro dos programas paralelos, estão a longa-metragem “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro, e as curtas-metragens “Quando a terra foge”, de Frederico Lobo, e “O jardim em movimento”, de Inês Lima.

Numa coprodução com Portugal apresentar-se-á também o filme “Algo viejo, algo nuevo, algo prestado”, do realizador argentino Hermán Rosselli.

SS // MAG

Lusa/fim

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