Associação Portuguesa da Universidade de Toronto cria grupo de apoio a lusodescendentes
A Associação Portuguesa da Universidade de Toronto (UTPA) criou uma equipa de apoio para incentivar os alunos lusodescendentes a não desistirem dos estudos após o ensino secundário, disse hoje à agência Lusa fonte da organização.
“Alguns alunos lusodescendentes têm menos probabilidades de continuar os estudos após o ensino secundário. Existem alguns relatórios que confirmam que a taxa de abandono escolar junto da comunidade portuguesa é muito alta”, afirmou Emily Carreiro.
Um relatório de 2011 do Conselho Distrital Escolar de Toronto sugeriu mesmo que os alunos de expressão portuguesa tivessem aulas especiais tendo em conta a alta taxa de abandono escolar.
Nesse sentido, a UTPA criou a Equipa Especial de Sucesso Académico (Academic Achievement Task Force) no final de 2017, após a pouca adesão de alunos lusodescendentes às iniciativas da Associação Portuguesa da Universidade de Toronto.
“Pretendemos analisar as barreiras que os alunos lusodescendentes enfrentam numa altura em que estão a decidir se devem ou não continuar a estudar”, acrescentou a dirigente.
Integram o grupo quatro elementos da organização que em palestras em escolas e instituições partilham a sua experiência com os alunos nas várias opções quer no ensino profissional quer na ensino superior.
“Estamos a tentar motivar os alunos até porque alguns deles já têm um trabalho em part-time e depois consideram que não é necessário continuar os estudos após o grau 12”, sublinhou Emily Carreiro.
O equipa já foi apresentada em algumas escolas secundárias, nomeadamente na Escola Católica St. Mary’s e no Centro Comunitário Working Woman, pretendendo passar por muitas mais.
Na interrupção das aulas em março, durante a Páscoa, a UTPA vai criar um programa na Universidade de Toronto, para que os alunos do grau 7.º ao 12.º possam participar e experienciar as atividades universitárias.
A UTPA foi criada em 1984, passando pela direção da associação personalidade como a vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, Ana Bailão e a deputada provincial Cristina Martins.
SEYM // PJA
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