Arizona acusa 18 pessoas de interferência nas presidenciais de 2020

O estado do Arizona, no sudoeste dos EUA, acusou 18 pessoas, incluindo o antigo chefe de gabinete de Donald Trump, Mark Meadows, e o advogado Rudy Giuliani, de interferência nas presidenciais de 2020.

De acordo com a acusação decidida por um grande júri e divulgada na quarta-feira, os 18 acusados são republicanos que apresentaram um documento ao Congresso, o parlamento dos EUA, a declarar de forma falsa que Trump tinha derrotado Joe Biden no Arizona.

“Não permitirei que a democracia norte-americana seja minada”, disse a procuradora-geral do Arizona, a democrata Kris Mayes, num vídeo divulgado pelo seu gabinete. “É muito importante”, acrescentou.

A acusação diz que os 11 acusados que foram nomeados eleitores republicanos do Arizona se reuniram em Phoenix em 14 de dezembro de 2020, para assinar um certificado a alegar que Trump tinha vencido naquele estado.

Um vídeo de um minuto da cerimónia de assinatura foi na altura colocado nas redes sociais pelo Partido Republicano do Arizona. O documento foi posteriormente enviado ao Congresso e ao Arquivo Nacional dos EUA.

O atual Presidente dos EUA, Joe Biden, venceu no Arizona por mais de dez mil votos. Dos oito processos que contestaram, sem sucesso, a vitória de Biden no estado, um foi apresentado pelos 11 republicanos.

Dias após a justiça ter rejeitado a queixa, os acusados assinaram o certificado a declarar Trump como vencedor.

Em Dezembro, o estado de Nevada (oeste) acusou seis republicanos de falsificação de documentos, em ligação a certificados eleitorais falsos.

O procurador-geral do estado de Michigan (centro-norte) acusou em julho 16 alegados falsos eleitores republicanos de falsificação de documentos e conspiração para cometer fraude eleitoral.

Três falsos eleitores também foram acusados no estado da Geórgia (sudeste), juntamente com Trump, de participarem num esquema para anular ilegalmente os resultados eleitorais.

No estado de Wisconsin (centro-norte), dez republicanos que se fizeram passar por eleitores declararam-se culpados num processo civil e admitiram que as suas ações faziam parte de um esforço para anular a vitória de Biden.

Em agosto, um tribunal federal dos EUA também acusou Trump e os aliados republicanos de recrutarem eleitores falsos em estados decisivos – Arizona, Geórgia, Michigan, Novo México, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin – para assinar certificados a afirmar falsamente que ele, e não Biden, tinha vencido as eleições.

VQ // CAD

Lusa/Fim

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