Portugal é “forte parceiro dos EUA na energia”, diz embaixadora em Lisboa
A embaixadora dos EUA em Portugal, Randi Charno Levine, considera que Portugal é “um forte parceiro no domínio da energia”, partilhando a visão estratégica do Governo do Presidente Joe Biden sobre esta matéria.
Em declarações à Lusa – nas vésperas das eleições intercalares nos Estados Unidos, marcadas para dia 08 de novembro – a embaixadora mostrou-se confiante nos benefícios para a Europa de uma estratégia energética que valorize o papel de Portugal como plataforma de distribuição, numa visão apoiada pelo seu Governo.
“Concordamos em muitas questões, como a necessidade de construir uma ponte energética entre a Península Ibérica e o Norte de África, para o resto da Europa, através do gasoduto marítimo Corredor de Energia Verde. Quando for construído, esperamos que mais gás ‘verde’ flua por este corredor”, disse Levine.
Ainda assim, Levine escusou-se a comentar a possibilidade de Portugal servir também de porto de acolhimento de energia vendida pelos Estados Unidos para a Europa, num cenário que passaria pela utilização do porto de Sines para receber petróleo e gás oriundos daquele país, para depois o distribuir pela Europa central.
A embaixadora norte-americana em Lisboa recordou que Portugal apoia as iniciativas de reforço das cadeias de abastecimento de matérias-primas essenciais para as tecnologias de energia limpa, incluindo turbinas eólicas ou veículos elétricos, em consonância com a visão do Governo do Presidente Joe Biden.
De resto, nos comícios eleitorais em que tem participado, apoiando candidatos democratas ao Congresso, Biden tem colocado a agenda energética como uma das bandeiras do seu partido, demarcando-se do Partido Republicano, a quem aponta críticas pela falta de uma estratégia ambiciosa no campo ambiental.
Por isso, Randi Charno Levine diz que o seu Governo “apoia fortemente os esforços de Portugal para usar os seus recursos minerais críticos, como o lítio, para construir uma cadeia de abastecimento de alto valor”, no sentido de melhorar a transição para as energias renováveis.
“Estes esforços irão proporcionar oportunidades económicas para Portugal e para os Estados Unidos, bem como aumentar a segurança energética de ambos os países, diversificando as cadeias de abastecimento”, concluiu a embaixadora norte-americana.
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