Covid-19: Meta do fim da pandemia até setembro de 2022 reforçada nos EUA

Cerca de 40 representantes diplomáticos internacionais reafirmaram o objetivo de declarar a pandemia de covid-19 extinta até setembro do próximo ano, numa reunião ministerial virtual convocada pelos Estados Unidos.

Esta quarta-feira, na abertura da sessão, Antony Blinken, secretário do Estado norte-americano, relembrou a “meta ambiciosa de acabar com a pandemia até à Assembleia Geral da ONU”, programada para acontecer em Nova Iorque entre 20 e 27 de setembro do próximo ano.

O objetivo foi definido numa cimeira global sobre a covid-19 organizada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, a 22 de setembro.

O secretário de Estado sublinhou que a comunidade internacional tem de ser mais unida para acabar com a atual emergência sanitária mundial e que há uma necessidade premente de “acelerar a distribuição justa de vacinas” em todo o mundo.

“Apoiamos o objetivo da Organização Mundial de Saúde de vacinar 70% da população mundial até setembro próximo em todos os países e todas as categorias de rendimento, com vacinas de qualidade e seguras”, declarou Antony Blinken.

O responsável destacou que, enquanto na América do Norte e na Europa mais de 50% da população está totalmente vacinada, na África a percentagem é inferior a 10% e que o “fosso” tem de ser fechado.

A reunião hoje realizada de forma virtual foi a primeira a juntar ministros dos Negócios Estrangeiros para discutir os impactos da pandemia de covid-19.

Participaram ministros dos negócios estrangeiros da África do Sul, Alemanha, Bangladesh, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Itália, Noruega, Peru, entre outros países, e ainda o representante da União Europeia, Josep Borrell.

Também foram incluídas instituições internacionais como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Mundial de Saúde e organizações regionais como o Fórum das Ilhas do Pacífico, Organização dos Estados Americanos e Liga Árabe.

A coordenadora dos EUA para a resposta global à covid-19 e segurança em saúde, Gayle Smith, disse à imprensa, após a reunião virtual, que o Governo norte-americano ficou satisfeito com o “entusiasmo” manifestado pelos líderes internacionais para contribuir para o esforço de imunização a nível global.

Gayle Smith destacou ainda que foi debatido um “conjunto de princípios” a adotar na luta contra a pandemia, para se garantir uma “cooperação global genuína” capaz de “reunir forças” e de proporcionar acordos imediatos em situações de emergência.

Segundo a coordenadora do Departamento de Estado para a resposta à covid-19, a produção das vacinas contra a covid-19 deve ser expandida a nível global, dando possibilidades e capacidades a outros países de fabricar o produto.

As vacinas não podem ser doadas com nenhum tipo de condições ou limitações políticas, defendeu Smith, acrescentando que mais países têm de aumentar as suas contribuições para plataformas globais de distribuição de vacinas como a COVAX, para além dos Estados Unidos.

Segundo a coordenadora, este foi apenas o início de uma série de reuniões internacionais a ser organizadas no futuro sobre a pandemia.

Mais do que uma crise sanitária global, acrescentou a coordenadora, a pandemia de covid-19 é também “uma crise de segurança, uma crise económica e uma crise humanitária”.

 A covid-19 provocou pelo menos 5.062.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 250,81 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.222 pessoas e foram contabilizados 1.100.961 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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Lusa/Fim

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