Wall Street fecha em baixa arrastada pela tecnologia e vendas de última hora
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, afetada pela queda dos títulos da tecnologia e aceleração dos movimentos de venda mesmo no final da sessão.
Os resultados definitivos do dia indicam que o índice tecnológico Nasdaq caiu 2,55%, para os 13.401,86 pontos, na que foi a sua maior queda durante uma sessão desde meados de março.
Depois de ter evoluído em alta durante quase toda a sessão, o seletivo Dow Jones industrial Average, acabou por fechar em baixa, de 0,10%, para 34.742,82 unidades, depois de três recordes consecutivos. Mas, durante as transações, o Dow superou pela primeira vez o limiar dos 35 mil pontos.
Já o índice alargado S&P500 recuou 1,04%, para as 4.188,43 unidades.
Para J. J. Kinahan, da TD Ameritrade, entre as ‘ações de valor’ – aquelas cujo preço está subavaliado pelos investidores, mas cuja saúde financeira é boa – e as ações de crescimento, “há uma espécie de rivalidade”, a começar pelos pilares da tecnologia, cujas cotações cresceram de forma acentuada em 2020, graças aos confinamentos, mas que estagnaram desde o início do ano.
“Não parece haver fim para esta luta encarniçada. Pelo menos, a curto prazo”, estimou Kinahan.
A atenção dos investidores durante a semana deve focar-se em vários indicadores, que permitirão avaliar o ritmo da recuperação da economia nos EUA.
Na quarta-feira, o Departamento do Trabalho vai publicar o índice dos preços no consumidor relativo a abril. Em março, a inflação nos EUA foi de 0,6% em termos mensais e 2,6% anuais.
O mesmo Departamento vai apresentar na quinta-feira o índice de preços na produção, uma medida particularmente escrutinada quando numerosas grandes empresas anunciaram, durante a apresentação dos resultados trimestrais, que iam aumentar os preços devido à subida dos custos das matérias-primas.
No mesmo dia vão ser divulgados os pedidos semanais de subsídio de desemprego.
Na sexta-feira, o Departamento do Comércio vai difundir as vendas do comércio retalhista em abril, a Reserva Federal vai publicar o estado da produção industrial no país em abril e a Universidade do Michigan publicar a sua estimativa preliminar da confiança dos consumidores em maio.
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